SE CORRER O VÍRUS PEGA, SE FICAR O VÍRUS COME: COVID-19, METROPOLIZAÇÃO E A POLÍTICA URBANA DO DEIXAR-FAZER MORRER
Palavras-chave:
COVID-19, Metropolização, Necropolítica, Resistências, Rio de JaneiroResumo
As consequências da pandemia da COVID-19 expuseram as profundas contradições do processo de reprodução capitalista do espaço, das quais ressaltamos a segregação socioespacial, por revelar-se, também, como nítida manifestação das múltiplas hierarquias enredadas que conformam a matriz de poder colonial. Focalizamos a metropolização do espaço como objeto de estudo e verificamos que as situações coloniais - opressão/exploração cultural, política, sexual, econômica de grupos étnicos/racializados – estão em curso na metrópole contemporânea, evidenciadas em seu caráter racial quando analisadas sob o prisma do biopoder. Examinamos cinco problemáticas que, no âmbito da metropolização do espaço no Rio de Janeiro, correspondem à atualização de situações coloniais de violência e violação contra a vida, principalmente, as vidas negras, de mulheres e homens, jovens e idosos, residentes nos territórios marcados pela exclusão e a condição desigual. A metropolização bio/necropolítica colonial produz uma multiplicidade de situações de exposição à morte, engendrada por múltiplas formas de violência que são agravadas pela pandemia da COVID-19. Contudo, redes de solidariedade e esperança se constroem enquanto mobilizações de resistências, pavimentando o percurso que tem no direito à cidade seu horizonte político e emancipatório.
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