@article{Amaral_2020, title={Joana d’Arc e seu entusiasmo: ecos do iluminismo inglês na construção da heroína nacional francesa}, volume={27}, url={https://seer.ufrgs.br/index.php/anos90/article/view/95762}, DOI={10.22456/1983-201X.95762}, abstractNote={<p>Segundo Joana d’Arc, desde que ela tinha treze anos de idade, anjos e santos lhe visitavam revelando uma missão designada por Deus: coroar o Delfim como rei da França e libertar seu reino dos ingleses. Ao procurar uma explicação racional para tal fenômeno, muitos de seus biógrafos, do século XIX, vão recorrer à ideia de que Joana era imbuída de uma espécie de ímpeto, razão pela qual acreditava fortemente na veracidade de suas visões e na validade de sua missão. A discussão em torno da ideia de entusiasmo foi particularmente importante para moldar a imagem de heroína laica, atribuída à Donzela no século XIX. Tal debate, entretanto, está inserido em uma tradição que remonta ao século anterior, estando no âmago das discussões iluministas na Grã-Bretanha, especialmente nos escritos de David Hume. No presente artigo, iremos apresentar esse debate, evidenciando os principais argumentos mostrados por autores que desejaram encontrar uma racionalidade na<br />trajetória da heroína. Além disso, pretendemos posicionar a veemente crítica de Voltaire à Donzela e discutir sua recepção pela historiografia oitocentista que, ao que parece, encontrou na ideia de entusiasmo o eixo argumentativo para uma resposta a Voltaire, como fica evidente, por exemplo, na obra de Michelet.</p>}, journal={Anos 90}, author={Amaral, Flávia}, year={2020}, month={set.}, pages={1–20} }