@article{Lopes de Carvalho_2016, title={Entradas missionárias e processos étnicos na Amazônia: o caso das missões jesuíticas de Maynas (c. 1638-1767)}, volume={23}, url={https://seer.ufrgs.br/index.php/anos90/article/view/55622}, DOI={10.22456/1983-201X.55622}, abstractNote={O presente estudo analisa o papel que as entradas missionárias desempenharam na conformação territorial das missões jesuíticas de Maynas e nas relações entre as diversas etnias envolvidas. As missões de Maynas foram estabelecidas entre os índios que viviam nas franjas ocidentais da Amazônia, concretamente nos vales dos rios Marañón, Napo e Amazonas. A Companhia de Jesus, a serviço da monarquia espanhola, atuou na região entre 1638 e 1767. As entradas missionárias eram expedições militares que tinham por objetivo atrair, por via da força ou da persuasão, os índios dos arredores para a vida em reduções. Prática corrente em outras missões jesuíticas, as entradas eram realizadas, em Maynas, com uma frequência inaudita e foram comuns até às vésperas da expulsão da Companhia. É certo que essas expedições atendiam ao projeto missionário de expansão e consolidação territorial e às perspectivas de cada parcialidade ou etnia indígena de aumentar seus recursos humanos diante da rivalidade interétnica. Contudo, como procuro demonstrar para o caso amazônico, a perspectiva nativa, alterada pela situação colonial, parece ter subsumido o programa missionário: as sucessivas entradas procuravam reduzir parcialidades que não aceitavam conviver juntas em um mesmo <em>pueblo</em>; como resultado, o número de reduções tornou-se muito maior do que a capacidade dos jesuítas de atendê-las todas. Esse era um processo cíclico, pois a formação de novos <em>pueblos </em>com poucos moradores obrigava a novas entradas missionárias para equilibrar e uniformizar a província.}, number={43}, journal={Anos 90}, author={Lopes de Carvalho, Francismar Alex}, year={2016}, month={nov.}, pages={321–366} }