Argamassas de cal e terra: características e possibilidades de aplicação

Autores

Palavras-chave:

Cal aérea, Terra argilosa, Argamassa, Alvenaria, Reboco, Refechamento de juntas

Resumo

Admite-se como hipótese que as argamassas mistas de cal e terra tenham resultado da prática profissional quando as condições económicas possibilitaram a adição de cais às argamassas vernáculas só de terra, que são susceptíveis à ação da água. Em estudos anteriores verificou-se que a adição de baixos teores de cal aérea a argamassas de terra de cor escura, embora tornem as argamassas resistentes à água, conduzem a alterações da sua cor para tom mais claro e redução de resistências mecânicas. Neste estudo avalia-se o efeito que substituições de cal aérea por uma terra local caulinítica apresentam em argamassas de cal ao traço volumétrico 1:2, correspondendo a argamassas com traço em massa de 1:8, com substituições de 10% a 50%. As argamassas têm, pela sua formulação, menor energia incorporada e demonstram ser adequadas para aplicação em rebocos de edifícios antigos e mesmo em construção nova com características compatíveis. Os resultados da caracterização mecânica, física e por ataque de sulfatos foram positivos para uma substituição de 10%, variando percentualmente entre propriedades, mas muito há ainda a investigar para um conhecimento aprofundado deste tipo de argamassas mistas de cal e terra, muito utilizadas no passado, com vista à otimização de formulações que possam vir a ser aplicadas correntemente.

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Biografia do Autor

Paulina Faria, CERIS and Department of Civil Engineering Universidade NOVA de Lisboa Caparica, Portugal

Engenharia Civil

Materiais e Tecnologia da Construção

Materiais e Tecnologias eco-eficientes

Resíduos e subprodutos como materiais de construção

Materiais de construção com base biológica

Conservação e Reabilitação das Construções

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Publicado

16.10.2018

Como Citar

FARIA, P. Argamassas de cal e terra: características e possibilidades de aplicação. Ambiente Construído, [S. l.], v. 18, n. 4, p. 49–62, 2018. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/ambienteconstruido/article/view/78418. Acesso em: 28 mar. 2024.