Entre ruínas: Anselm Kiefer e os anjos da melancolia
Resumo
Este artigo discute o caráter sublime da instalação Melancholia (1990-91), produzida pelo artista alemão Anselm Kiefer. Questões contemporâneas como a cultura da memória e a temporalidade são emblematizadas na revisitação de Kiefer à tradição artística alemã — particularmente endereçada à famosa gravura de Dürer, Melencolia I (1514) —, salientando a responsabilidade para com a memória judaica. A disposição melancólica e a estética do sublime foram situadas simbolicamente frente à descrença no progresso, considerando a catástrofe da Shoah e sua monumentalização, bem como a problematização da história linear e sua reavaliação por intermédio da necessidade de rememoração alçadas por Walter Benjamin na nona tese “Sobre o conceito de história”.
Downloads
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Os autores de trabalhos submetidos à Revista-Valise autorizam sua publicação em meio físico e eletrônico, unicamente para fins acadêmicos, podendo ser reproduzidos desde que citada a fonte. Os mesmos, atestam sua orignalidade, autoria e ineditismo.