Entre ruínas: Anselm Kiefer e os anjos da melancolia

Autores

  • Talita Mendes Universidade Estadual de Campinas - Unicamp

Resumo

Este artigo discute o caráter sublime da instalação Melancholia (1990-91), produzida pelo artista alemão Anselm Kiefer. Questões contemporâneas como a cultura da memória e a temporalidade são emblematizadas na revisitação de Kiefer à tradição artística alemã — particularmente endereçada à famosa gravura de Dürer, Melencolia I (1514) —, salientando a responsabilidade para com a memória judaica. A disposição melancólica e a estética do sublime foram situadas simbolicamente frente à descrença no progresso, considerando a catástrofe da Shoah e sua monumentalização, bem como a problematização da história linear e sua reavaliação por intermédio da necessidade de rememoração alçadas por Walter Benjamin na nona tese “Sobre o conceito de história”.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Talita Mendes, Universidade Estadual de Campinas - Unicamp

Graduada pela Universidade Estadual de Campinas no curso de licenciatura em Artes Visuais (2009). Atualmente é mestranda do Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais (Unicamp), na área de Fundamentos Teóricos, desenvolvendo a pesquisa Rosângela Rennó: fotografia, deslocamentos e desaparição na arte contemporânea brasileira.

Downloads

Publicado

2011-12-23

Edição

Seção

Artigos