Crescimento de árvores plantadas para recomposição de área de preservação permanente hídrica em meio urbano
Palavras-chave:
área protegida, grupo ecológico, mata ciliar, padrão de deciduidade, reflorestamentoResumo
O objetivo deste trabalho foi determinar o crescimento árvores após cinco anos de seu plantio para recomposição de área de preservação permanente hídrica em meio urbano e avaliar a capacidade dessas espécies, classificadas em diferentes grupos ecológicos e padrões de deciduidade, de promoverem a recuperação da mesma. Foram plantadas mudas de 15 espécies arbóreas com espaçamento de 2 x 3 m em área total de 1,06 ha, em 2010. Em 2014 e 2015, foi determinado o diâmetro e a altura das árvores. Foi calculado o incremento periódico médio em diâmetro (IPMD) e altura (IPMA) por espécie, bem como o incremento médio anual em diâmetro e altura (IMAD e IMAA). Após cinco anos de plantio, o índice de sobrevivência das árvores foi de 97,2%. Tanto o diâmetro quanto a altura das árvores variaram entre as espécies. Anadenanthera peregrina apresentou o maior IPMD (7,06 cm.ano-1), seguida pela Mimosa caesalpiniifolia (6,02 cm.ano-1) e Tabebuia sp. (5,09 cm.ano-1). Para IPMA se destacaram A. peregrina e Hymenaea courbaril (4 m.ano-1). O IMAD variou de 3,12 (A. peregrina) a 0,73 cm.ano-1 (Cedrela fissillis), enquanto que o IMAA variou de 1,87 a 0,60 m.ano-1 para as mesmas espécies. Espécies decíduas e perenifólias apresentaram menores IPMD e IPMA quando comparadas às semidecíduas. O IPMD não variou entre as pioneiras e secundárias, diferente do que houve para IPMA. Aliado à atratividade da fauna, produção de frutos e elevada área basal (4,48 m2.ha-1), o crescimento das árvores verificado após cinco anos sugere a recomposição inicial da área.