RELAÇÕES ENTRE SEDENTARISMO E MOBILIDADE COM E SEM DUPLA TAREFA EM IDOSOS USUÁRIOS DA ATENÇÃO BÁSICA EM SAÚDE
DOI:
https://doi.org/10.22456/2316-2171.96876Palavras-chave:
Saúde do idoso, Qualidade de vida, Capacidade Funcional, Saúde PúblicaResumo
Os efeitos do sedentarismo nos sistemas musculoesquelético e
neuromuscularpodem influenciar negativamente o desempenho dos
idosos em atividades com dupla-tarefa, o que aumenta o risco de
quedas, declínio funcional e morte. O objetivo foi investigar as relações
entre sedentarismo e mobilidade com e sem dupla tarefa em idosos
usuários da atenção básica em saúde. Trata-se de estudo transversal,
com 139 idosos que frequentam três unidades matriciais de saúde
aleatoriamente selecionadas, em Uberaba, Minas Gerais. O sedentarismo
foi avaliado pelo International Physical Activity Questionnaire
(IPAQ), sendo classificados como sedentários os idosos inativos ou
insuficientemente ativos. O estado cognitivo foi avaliado pela Prova
Cognitiva de Leganés. A mobilidade com e sem dupla tarefa, bem
como, a força muscular foram avaliadas por testes de desempenho
físico. As características sociodemográficas e o número de medicamentos
foram avaliados por autorrelato. Os modelos multivariados
foram testados por regressão linear múltipla em blocos, com intervalo
de confiança de 95%. A maioria era mulheres (81,3%); idade média
66,96 (8,24) anos; 17,3% eram sedentários. Pior desempenho na
mobilidade com dupla tarefa motora (p=0,040) e com dupla tarefa
cognitiva (p=0,040) foi observado entre os idosos sedentários. O
sedentarismo foi preditor de baixa mobilidade com dupla-tarefa motora
e cognitiva controlado por variáveis sociodemográficas, entretanto,
tais efeitos não se mantiveram após inclusão de variáveis de saúde.
Não foram observadas relações entre sedentarismo e mobilidade
sem dupla tarefa. Conclui-se que o sedentarismo influencia a mobilidade
com dupla tarefa motora e cognitiva em idosos, porém outras
condições de saúde podem interferir nessas relações.