USO DE MEDICAMENTOS EM IDOSOS QUE RESIDEM EM UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA

Autores

  • Adriana Valéria da Silva Freitas Universidade Federal da Bahia
  • Ceci Vilar Noronha Instituto de Saúde Coletiva

DOI:

https://doi.org/10.22456/2316-2171.19815

Palavras-chave:

cuidadores, cuidados, idosos, medicação, instituições de longa permanência.

Resumo

A demanda pela institucionalização vem crescendo e o perfil do idoso que procura o asilo no Brasil vem se modificando, sendo necessário saber sobre o cenário atual. Assim, questionamos: de que maneira é realizada a administração de medicamentos a idosos nas instituições de longa permanência? A metodologia consistiu em entrevistas com idosos que residem em um asilo situado em Salvador-Bahia, aliada à observação sistemática neste local. A análise do material empírico se deu a partir das categorias fundamentadas nas falas dos idosos com ênfase na temática das medicações, a qual constitui o interesse central deste estudo. Os resultados indicam que a administração direta da medicação usada pelos idosos é uma tarefa realizada pelos cuidadores. No entanto, devido às possibilidades de ocorrer trocas relacionadas à dosagem da medicação e/ou ao idoso que deveria recebê-la, verificou-se que a instituição ainda deveria avançar para planejar e programar melhor a administração dos medicamentos, superando improvisações e atuando de modo a não causar efeitos iatrogênicos. Concluímos ressaltando a importância de que nas instituições de longa permanência (ILP) sejam realizados estudos sobre a eficácia de medicamentos em idosos e que a capacitação do corpo técnico no que toca à administração da medicação seja continuada, evitando os erros e os abusos terapêuticos observados pelas pesquisadoras e percebidos pelos próprios idosos.

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Adriana Valéria da Silva Freitas, Universidade Federal da Bahia

Docente da Escola de Enfermagem da UFBA. Doutora em Saúde Pública pelo Instituto de Saúde Coletiva da UFBA

Ceci Vilar Noronha, Instituto de Saúde Coletiva

Docente do Instituto de Saúde Coletiva da UFBA. Doutora em Saúde Pública

 

Referências

AZIZ, Marina Meneses; CALVO, Maria Cristina Marino; D’ORSI, Eleonora. Medicamentos prescritos aos idosos em uma capital do Sul do Brasil e a Relação Municipal de Medicamentos. Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 28, n. 1, p. 52-64, jan. 2012.

BENNETT, Gerry; KINGSTON, Paul; PENHALE, Bridget. The dimensions of Elder abuse: perspectives for practitioners. London, Macmillan Press Limited, 1997, 256 p.

BEYTH, Rebeca; SHORR, Ronald. Uso de medicamentos. In: DUTHIE, Edmund; KATZ, Paul. Geriatria prática, 3. ed, Rio de Janeiro, Ed. Revinter. 2002. p. 37-46.

BRASIL. Ministério da Previdência e Assistência Social. Secretaria da Assistência Social. Lei 8.842 de 4 de janeiro de 1994, dispõe sobre a Política Nacional do Idoso. Brasília, DF, 1997.

BRASIL. Resolução n. º 196/96 sobre pesquisa envolvendo seres humanos. Bioética, v. 4, n. 2, (Supl), 1996.

CHAIMOWICZ, Flávio. Os idosos brasileiros do século XXI: demografia, saúde e sociedade. Belo Horizonte: Editora Postgraduate, 1998.

CHAIMOWICZ, Flávio; FERREIRA, Teresinha de Jesus Xavier Martins; MIGUEL, Denise Freire Assumpção. Use of Psychoactive drugs and rekated falss among older people living in a community in Brazil. Revista Saúde Pública, São Paulo, v. 34, n. 6, p. 631-635, dez. 2000.

COELHO FILHO, João Macêdo; MARCOPITO, Luis Francisco; CASTELO, Adauto. Perfil de utilização de medicamentos por idosos em área urbana do Nordeste do Brasil. Revista Saúde Pública, São Paulo, v. 38, n. 4, p. 557-564, ago. 2004.

DAL PIZZOL, Tatiane da Silva; PONS, Emília da Silva; HUGO, Fernando Neves; BOZZETTI, Mary Clarisse; SOUZA, Maria da Luz Rosário de; HILGERT, Juliana Balbinot. Uso de medicamentos entre idosos residentes em áreas urbanas e rurais de município no Sul do Brasil: um estudo de base populacional. Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 28, n. 1, p. 104-114, Jan. 2012.

FONSECA, José Eduardo; CARMO, Thais Adriana do. O idoso e os medicamentos. Saúde em Revista. Piracicaba - São Paulo, v. 2, n. 4, p. 35-41, set./dez. 2000.

GOFFMAN, Erving. Manicômios, prisões e conventos. 8 ed. São Paulo: Perspectiva, 2008

HERÉDIA, Vânia; CASARA, Miriam; CORTELLETTI, Ivone. A Realidade do Idoso Institucionalizado. Textos Envelhecimento, Rio de Janeiro, v. 7, n. 2, p. 9-31, jul/dez. 2004.

MINAYO, Maria Cecília. Violência contra idosos: o avesso do respeito à experiência e à sabedoria. 2. ed, Brasília: Secretaria Especial dos Direitos Humanos. 2005.

NETTO, Matheus Papaléo; CARVALHO FILHO, Eurico Thomaz de; PASINI, Urbano. Farmacocinética e farmacodinâmica das drogas. In: NETTO, Matheus Papaléo, CARVALHO FILHO, Eurico Thomaz. Geriatria: fundamentos, clínica e terapêutica. São Paulo: Atheneu, 2000. p. 409-422.

NÓBREGA, Otávio de Toledo; KARNIKOWSKI, Margô Gomes de Oliveira. A terapia medicamentosa no idoso: cuidados na medicação. Ciência e Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v.10, n. 2, p. 309-313, abr./jun. 2005.

SECOLI, Silvia Regina. Polifarmácia: interações e reações adversas no uso de medicamentos por idosos. Revista Brasileira de Enfermagem, Rio de Janeiro, v. 63, n. 1, p.

-140, jan./fev. 2010.

YAMANAKA, Tatiana Inglez; PEREIRA, Daniela; PEDREIRA, Mavilde; PETERLINI, Maria Angélica. Redesenho de atividade da enfermagem para redução de erros de medicação em pediatria. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, v. 60, n. 2, p. 190-196, mar./abr. 2007.

Downloads

Publicado

2013-09-12

Como Citar

Freitas, A. V. da S., & Noronha, C. V. (2013). USO DE MEDICAMENTOS EM IDOSOS QUE RESIDEM EM UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA. Estudos Interdisciplinares Sobre O Envelhecimento, 18(1). https://doi.org/10.22456/2316-2171.19815

Edição

Seção

Artigos originais