DIAGNÓSTICO TARDIO DE HIV/SIDA EM PESSOAS IDOSAS E SEUS FATORES ASSOCIADOS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DE LITERATURA
DOI:
https://doi.org/10.22456/2316-2171.141500Resumo
INTRODUÇÃO: Com o aumento da expectativa de vida evidenciou-se a vulnerabilidade do grupo etário de idosos a várias doenças, como as infecciosas. A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA) é uma importante infecção que afeta também idosos, representando 20% da população mundial contaminada em 2023. Entretanto, a escassez de políticas públicas voltadas para prevenção dificulta o conhecimento e diagnóstico da doença nessa população. Assim, este estudo objetiva compreender quais fatores estão associados ao diagnóstico tardio de HIV/SIDA no idoso. MÉTODOS: Realizou-se revisão sistemática de literatura na plataforma PubMed, BVS e Web of Science utilizando os descritores "HIV", "Acquired Immunodeficiency Syndrome", "AIDS", "Delayed Diagnosis", "Late Diagnosis" e "Elderly". Encontraram-se 495 artigos e 21 artigos foram selecionados após análise para compor este estudo. RESULTADOS: Estudos identificaram a idade avançada como fator intimamente associado ao diagnóstico tardio de HIV/SIDA. Dentre as causas, observaram-se fatores relacionados à baixa autopercepção do risco e conhecimentos limitados da doença, estigmas e preconceitos a sexualidade do idoso, atribuição incorreta da clínica do HIV/SIDA no idoso, falhas estruturais do sistema de saúde no diagnóstico e ineficiência de campanhas de prevenção. CONCLUSÃO: A idade avançada é fator determinante e fatores sociais, educacionais e estruturais estão associados ao diagnóstico tardio de HIV/SIDA no idoso. Um melhor preparo do profissional de saúde é indispensável para o amparo adequado à saúde sexual e às particularidades do idoso na assistência médica, assim como em programas voltados para a saúde.