DECLÍNIO FUNCIONAL E FRAGILIDADE EM PESSOAS IDOSAS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE BRASILEIRA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
DOI:
https://doi.org/10.22456/2316-2171.140941Resumo
O envelhecimento humano é um processo natural, multifatorial e heterogêneo, frequentemente associado à fragilidade e ao acúmulo de condições clínicas, que aumentam a vulnerabilidade a distúrbios e doenças. Este estudo teve por objetivo analisar a produção científica que aborda o declínio funcional e riscos de fragilidade na população idosa atendida pela Atenção Primária à Saúde (APS) do Brasil. Trata-se de uma revisão integrativa, realizada conforme os procedimentos metodológicos da Methodi Ordinatio 2.0. As buscas dos artigos ocorreram no mês de maio de 2024, nas bases de dados eletrônicas LILACS, Scopus, SciELO e PubMed. Após a triagem, foram identificados 18 artigos que abordam a importância do cuidado e da prevenção com o declínio funcional, fragilidade e fatores associados. Destacam-se os instrumentos como o BOMFAQ, VES-13, IVCF-20 e a Avaliação Subjetiva de Fragilidade. Observou-se que a identificação precoce da fragilização e o acompanhamento dos indivíduos permitem antecipar agravos, a reabilitação precoce e a redução de impactos por doenças crônicas na funcionalidade, possibilitando que a APS adote medidas para mitigar fatores que prejudiquem a autonomia e independência dos idosos, como a promoção da atividade física para combater a inatividade física associada à mobilidade reduzida. Em suma, a implementação de ações e stratégicas de cuidado com a promoção e prevenção à saúde da pessoa idosa é essencial para alcançar a integralidade do cuidado preconizado na formação do Sistema Único de Saúde. Futuras pesquisas longitudinais são relevantes para aprofundar a compreensão desse fenômeno no contexto geográfico brasileiro, considerando as variações regionais e sociais.