A PESSOA IDOSA COMO CUIDADORA INFORMAL DE OUTRO IDOSO: SOBRECARGA, DEPRESSÃO E DEPENDÊNCIA
DOI:
https://doi.org/10.22456/2316-2171.139477Resumo
Introdução: O prolongamento da longevidade humana aumentou a ocorrência de idosos dependentes de cuidados, surgindo a figura do cuidador informal. Atualmente, esta competência assistencial pode ser exercida por outra pessoa idosa, justamente pelo aumento da expectativa de vida. Por ser uma atividade em geral solitária, o exercício de cuidar pode ter como consequência a sobrecarga. Objetivos: Analisar a sobrecarga e depressão em idosos que se identificam como cuidadores informais de outros idosos acompanhados na Atenção Primária à Saúde (APS), verificar o índice de funcionalidade do idoso dependente e analisar associações entre as variáveis sobrecarga, sintomas depressivos do cuidador e nível de funcionalidade da pessoa que recebe os cuidados. Método: Foi realizada uma pesquisa de campo quantitativa e aplicação da Escala de Depressão Geriátrica Abreviada, Inventário de Sobrecarga de Zarit e Índice de Funcionalidade de Barthel em 33 idosos, cadastrados em Unidades de Saúde da Família e que se identificaram como cuidadores informais. Resultado: Os participantes foram na maioria mulheres (78,8%), com idade média de 68,1 anos (dp=7,1). O percentual de idosos com sintomas depressivos foi significativamente maior entre aqueles que apresentaram sobrecarga de moderada a grave (p=0,01). Conclusão: Esta situação pode ter consequências para a saúde do cuidador e da pessoa que recebe o cuidado. Destaca-se a potencialidade do contexto da APS para identificação das necessidades de cuidado e atenção às demandas desta população.