PARTICIPAÇÃO DE PESSOAS IDOSAS EM ATIVIDADES: REPERCUSSÕES DA PANDEMIA
repercussions of the pandemic
DOI:
https://doi.org/10.22456/2316-2171.136574Resumo
Introdução: Na rotina das pessoas idosas foram impostas mudanças e adaptações para evitar a propagação do vírus SARS-CoV-2. Objetivo: Compreender a participação em atividades instrumentais, de lazer e sociais, no contexto da pandemia do coronavírus. Métodos: Feito estudo longitudinal prospectivo em uma amostra de 153 idosos. A coleta de dados aconteceu em dois momentos: seis meses e um ano após início da pandemia. Foram aplicados como instrumentos avaliativos: questionário sociodemográfico, o Activity Card Sort, o Miniexame do Estado Mental, o Short-Form Health Survey-36 e um checklist baseado no Questionário de Inventário Neuropsiquiátrico. Na análise dos dados, foi utilizada a estatística descritiva e testes estatísticos não paramétricos de Wilcoxon. Resultados: A maioria era do gênero feminino, casada e com alta renda e escolaridade. Ocorreram reduções na participação em atividades instrumentais (diferença da média: -1,0; p<0.000), sociais (diferença da média: -2,56; p<0.000) e de lazer de baixa demanda de esforço físico (diferença da média: -1,58; p<0.000), nos dois momentos da coleta. Existiram correlações fracas e negativas entre a presença de sintomas neuropsiquiátricos e o lazer de alta demanda (ρ=-0,180). Houve discreta melhora nas funções cognitivas, sem repercussões sobre a capacidade de engajamento. Os domínios de qualidade de vida apresentaram fracas correlações com a participação em atividades, com variações de 0,160 a 0,441. Conclusão: A pandemia repercutiu significativamente com alterações na participação em ocupações rotineiras. Ainda foi possível constatar que a participação tenha influência por aspectos que mensuram a qualidade de vida relacionada à saúde, sobretudo no que tange à capacidade funcional.