PESSOAS IDOSAS DE ALTA HOSPITALAR: EM QUAIS CONDIÇÕES CLÍNICAS VÃO PARA CASA?
DOI:
https://doi.org/10.22456/2316-2171.135053Resumo
Objetivo: Descrever as condições clínicas de pessoas idosas durante a alta hospitalar e verificar associação entre condições clínicas, incluindo dependência para Atividades Básicas de Vida Diária e o tempo prolongado de internação e identificando a existência de associação entre nível de dependência e variáveis sociodemográficas. Métodos: Estudo transversal, com 239 pessoas idosas hospitalizadas, realizado entre outubro 2019 a janeiro 2021. Foi utilizado um formulário estruturado com variáveis sociodemográficas e clínicas, escala do Mini Exame do Estado Mental, e índice de Katz. Os dados foram analisados com o apoio do software R. Sendo aplicados os testes Qui-quadrado para independência e da probabilidade exata de Fisher. Os aspectos éticos da resolução 466/12 foram respeitados. Resultados: Predominaram pessoas idosas hospitalizadas do sexo masculino, 67,2%, que tiveram alta hospitalar com condições clínicas que requerem cuidados domiciliares seguros, seja pelas comorbidades (hipertensão 47,5% e diabetes 23,4%) ou por sinais vitais alterados (hipertermia 11% e pressão arterial elevada 13,2%. Os fatores associados ao tempo de internação prolongado (p < 0,05) foram: ocorrência de eventos adversos, não deambular, não está orientado, não se comunicar e fazer uso de sonda enteral para alimentação. Ademais, foram identificadas associações entre dependência para realização de ABVD e as variáveis: presença de companheiro (p = 0,002), comorbidades (p < 0,001), uso de medicações (p < 0,001), e diagnóstico médico Acidente Vascular Encefálico (AVE) (p = 0,033). Conclusões: Pessoas idosas que vão para casa após alta hospitalar devem receber assistência em saúde de forma contínua, incluindo seus cuidadores.