ENTRE ESTIGMAS E POSSIBILIDADES: SER VELHO NAS INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS
DOI:
https://doi.org/10.22456/2316-2171.132304Resumo
Sabe-se que o envelhecimento populacional é um acontecimento significativo na atualidade e que as alternativas de moradia para os velhos colocam em evidência e discussão as Instituições de Longa Permanência para idosos (ILPIs). Percebe-se a necessidade de ampliar o olhar para as experiências nas ILPIs para além dos conceitos generalistas, assim como compreender as tensões existenciais e históricas que atravessam a vivência dos velhos em tais moradias. Assim, o objetivo deste artigo é traçar compreensões sobre as experiências de velhos que residem em tais moradias. Para tanto, primeiramente, será apresentada uma pesquisa bibliográfica sobre o modo como são compreendidas as ILPIs correntemente. Em seguida, serão elencados outros modos de compreensão, ainda por meio de pesquisa bibliográfica, mas também recorrendo à literatura, no texto A máquina de fazer espanhóis, de Valter Hugo Mãe. Com essa investigação, assinala-se outros modos de pensar o recurso às ILPIs, para além das veiculadas pelo senso comum, para o acolhimento dos adultos mais velhos. É possível concluir que os estudos sobre as formas de lidar com o envelhecimento, bem como as adaptações que se fazem necessárias para manter vivo o compromisso com a dignidade da pessoa frente ao viver e o morrer, devem sempre se afinar com a realidade social e política de cada tempo, assim como deve considerar as experiências singulares daquele que está envelhecendo.