ATENDIMENTO À PESSOA IDOSA EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA: PERCEPÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL
DOI:
https://doi.org/10.22456/2316-2171.119496Palavras-chave:
Idoso. Violência. Serviço social, Atenção à saúde, Colaboração intersetorialResumo
No processo de envelhecimento humano observam-se perdas funcionais, com tendencia à dependência de outra pessoa, e isso faz parte da condição humana biológica e social. Dessa forma, notam-se dificuldades nas ações intersetoriais entre os serviços que compõem a rede de atenção à saúde. A pesquisa é qualitativa e insere-se no cenário dos serviços públicos que atendem a essa população. Foram entrevistados 16 assistentes sociais e foram identificadas violências física, psicológica, abuso financeiro, abandono, autonegligência e negligência, com fatores associados, tais como dependência química de familiares, conflitos intergeracionais, fragilidade do vínculo familiar
e o idoso que reside sozinho. A maioria das denúncias de violência são realizadas pelo Disque 100 e as ações desenvolvidas pelos assistentes sociais são: atendimento individual, familiar e coletivo, por meio de entrevista social, visita domiciliar, reuniões e encaminhamentos a outros serviços. Quanto às dificuldades, enfatizaram-se a fragmentação dos serviços, a falta de articulação intersetorial, a
escassez de Políticas Públicas, de profissionais envolvidos, a falta de ações de prevenção à violência e o desconhecimento das ações do Conselho do Idoso. As dificuldades enfrentadas no cotidiano
profissional têm relação com a falta de articulação intersetorial e, diante disso, torna-se evidente a necessidade da criação de uma rede de proteção da saúde do idoso, com a implementação das
políticas públicas nas áreas da saúde, assistência social, jurídica e de segurança pública, que possibilitem a construção de um plano terapêutico que atenda às necessidades do idoso.