POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE PARA PESSOAS IDOSAS: TRAMAS BIOPOLÍTICAS ENTRE GÊNERO E ENVELHECIMENTO
DOI:
https://doi.org/10.22456/2316-2171.104916Palavras-chave:
envelhecimento, saúde, gênero, biopolítica.Resumo
O presente artigo analisa como os marcadores de gênero e sexualidade encontram-se (des)articulados às políticas públicas voltadas para a população idosa. Buscou-se compreender como esses marcadores operam, em presença ou ausência estratégica, na (in)definição do sujeito (im)possível para o governo geracional. Para atingir nossos objetivos, estabelecemos uma descrição analítica de dois dos principais documentos que inauguram as políticas públicas para idosos no processo da abertura democrática. Os princípios ético-epistemológicos e metodológicos desta operação privilegiaram problematização discursivo-desconstrucionista, a fim de compreendermos os modos como nos constituímos em sujeitos de uma determinada população, no caso, idosa. Esse movimento nos permitiu acionar algumas análises sobre produções discursivas na (in)definição e governo do envelhecimento, destacando que a sua (in)eficácia depende de maior ou menor investidura na (des)articulação com outros marcadores da diferença.