CUIDADORES DOMICILIARES DE IDOSOS: QUALIDADE DE VIDA E PRÁTICAS NO PROCESSO DE CUIDAR

Autores

  • Liliane Cristina Barbosa Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Faculdade de Odontologia de Araçatuba-UNESP
  • Cléa Adas Saliba Garbin Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Faculdade de Odontologia de Araçatuba-UNESP
  • Suzely Adas Saliba Moimaz Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Faculdade de Odontologia de Araçatuba-UNESP
  • Tânia Adas Saliba Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Faculdade de Odontologia de Araçatuba-UNESP

DOI:

https://doi.org/10.22456/2316-2171.104105

Palavras-chave:

Cuidador, autopercepção, qualidade de vida

Resumo

Objetivou-se avaliar a autopercepção da qualidade de vida dos cuidadores de idosos e conhecer as práticas no processo de cuidar. A amostra foi composta por 194 cuidadores domiciliares de idosos. Os dados foram coletados por meio de entrevistas, utilizando um roteiro semiestruturado e o instrumento EQ-5D-3L/VAS. Do total, 34.5% não apresentaram problemas nas cinco dimensões estudadas e declararam boa saúde (VAS médio 86.5 ±13.4). Em 65.5%, observou-se problemas moderados e ou extremos nas cinco dimensões, sendo que os extremos foram relatados somente nas dimensões dor/mal-estar e ansiedade/depressão. Administravam medicamentos 76.8% dos cuidadores, 60.3% auxiliavam com vestuário, 58.7% com o banho, 58.2% com a locomoção, 31.9% alimentação e 34% com a higiene bucal.  Dos 39.18%, que relataram ter dificuldades na rotina de cuidados, 12.89% estava relacionada à locomoção do idoso; 7.73% ao banho; 3.09% à convivência com o idoso e 0.52% à administração de medicamentos. Outras dificuldades foram descritas por 14.95% dos cuidadores e agrupadas em três categorias: ‘isolamento social’ (13,80%), ‘conflitos de convivência’ (48,27%) e ‘sobrecarga física e emocional’ (37,93%). A alta prevalência de cuidadores do gênero feminino revela que o dever de cuidar ainda é, cultural e socialmente considerado como característica da mulher. A imposição dos familiares, o acúmulo de funções diversas no lar e a falta de suporte familiar e financeiro explicam a percepção de forma mais negativa do estado de saúde destas cuidadoras. A rotina de cuidados prestados aos idosos é complexa e são necessárias intervenções voltadas ao acompanhamento e capacitação destes cuidadores.

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Biografia do Autor

Liliane Cristina Barbosa, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Faculdade de Odontologia de Araçatuba-UNESP

Mestranda do programa de Pós-Graduação em Odontologia Preventiva e Social, departamento de Odontologia Infantil e Social da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Odontologia de Araçatuba-UNESP.

Cléa Adas Saliba Garbin, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Faculdade de Odontologia de Araçatuba-UNESP

Graduada em Odontologia pela UNESP – FOA Araçatuba. Doutora em Odontologia Legal e Deontologia pela Universidade Estadual de Campinas, e Livre Docente em Odontologia Legal e Bioética. Professora Titular do Departamento de Odontologia Infantil e do Programa de Pós-Graduação em Odontologia Preventiva e Social da Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP.

Suzely Adas Saliba Moimaz, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Faculdade de Odontologia de Araçatuba-UNESP

Graduada em Odontologia pela UNESP – FOA Araçatuba. Doutora em Odontologia Preventiva e Social pela UNESP – FOA Araçatuba. Professora Titular do Departamento de Odontologia Infantil e do Programa de Pós-Graduação em Odontologia Preventiva e Social da Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP.

Tânia Adas Saliba, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Faculdade de Odontologia de Araçatuba-UNESP

Graduada em Odontologia pela UNESP – FOA Araçatuba. Doutora em Odontologia Legal e Deontologia pela Universidade Estadual de Campinas. Professora Adjunto, Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Odontologia Preventiva e Social do Departamento de Odontologia Infantil e Social da Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Odontologia de Araçatuba– UNESP.

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Publicado

2022-09-07

Como Citar

Barbosa, L. C., Garbin, C. A. S., Moimaz, S. A. S., & Saliba, T. A. (2022). CUIDADORES DOMICILIARES DE IDOSOS: QUALIDADE DE VIDA E PRÁTICAS NO PROCESSO DE CUIDAR. Estudos Interdisciplinares Sobre O Envelhecimento, 26(3), 291–313. https://doi.org/10.22456/2316-2171.104105

Edição

Seção

Artigos originais