A GAM no ES: invenções com crianças, familiares e trabalhadores
DOI:
https://doi.org/10.22456/2238-152X.104628Palavras-chave:
Gestão Autônoma da Medicação, Saúde mental, Saúde mental infantojuvenil, ParticipaçãoResumo
Neste artigo, analisamos a experimentação da Estratégia GAM no Espírito Santo. O trabalho de pesquisa intervenção participativa com a GAM no percurso de cinco anos constituiu a montagem de três dispositivos. No campo da saúde mental infantojuvenil foram propostos um Grupo GAM com familiares de crianças que fazem uso de psicotrópicos e uma Oficina com crianças. O terceiro dispositivo envolveu a rede de saúde mental mais ampla, com a implementação da Estratégia GAM efetuada por trabalhadoras(es), tendo a Universidade como parceira a partir da criação de um dispositivo de Supervisão coletiva. Dimensionamos essa experiência como inauguradora de outros domínios de intervenção da GAM, compreendendo que tal abertura coloca em relevo o potencial desta estratégia e também o seu maior desafio: a capacidade de ser reinventada a cada experiência situada. Cada dispositivo criado tornou-se inseparável na construção da participaçãoque faz operar coletivos mais cogestivos e autônomos.
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