POVO DO MANGUE: ANTROPIZAÇÃO E VESTÍGIOS ARQUEOLÓGICOS NA PENÍNSULA ODIVELENSE

Autores

  • Paulo Roberto do Canto Lopes Secretaria de Estado de Cultura do Pará/Museu do Estado do Pará
  • José Guilherme dos Santos Fernandes Universidade Federal do Pará
  • Fernando Monteiro da Silva Universidade Federal do Pará; Secretaria de Meio Ambiente de São Caetano de Odivelas (PA)

DOI:

https://doi.org/10.22456/1982-6524.99280

Palavras-chave:

antropização, península odivelense, arqueologia na Amazônia, manguezais, pesquisa colaborativa

Resumo

As pesquisas arqueológicas na costa norte paraense foram desenvolvidas desde o século XIX e ampliadas na segunda metade da década de 1960, confirmando a antiguidade nessa região há pelo menos 5.000 anos. Apesar da importância dos sítios e vestígios arqueológicos referentes aos pescadores-coletores e agricultores, os estudos sobre sambaquis e sítios de terra preta arqueológica ainda são pontuais na costa norte paraense. Este artigo apresenta discussões e dados preliminares acerca da retomada das pesquisas arqueológicas nesse espaço amazônico, em metodologia baseada na bibliografia arqueológica, nas pesquisas de campo, nos relatos orais de moradores locais e documentos sobre povoamentos na colonização da região nordeste e costeira do Estado do Pará, atentando-se para a incipiente pesquisa a respeito de sítios com terra preta arqueológica em áreas (intra)manguezais, ecossistema predominante na costa amazônica. Os estudos levaram a análises de fontes documentais e visualização de materialidades, observadas no município de São Caetano de Odivelas (PA), com fortes indícios da presença indígena pré-colombiana nos vestígios até então encontrados na superfície do terreno, além de vestígios históricos. Pode-se configurar nova dinâmica dos movimentos populacionais na costa norte do Brasil, com indícios de contatos entre os povos pré-colombianos do nordeste brasileiro e os povos provenientes das Guianas.

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Biografia do Autor

Paulo Roberto do Canto Lopes, Secretaria de Estado de Cultura do Pará/Museu do Estado do Pará

Doutor em Arqueologia (Museu Nacional/UFRJ, 2016); arqueólogo da Secretaria de Estado de Cultura do Pará e do Museu do Estado do Pará; membro da Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB); professor convidado do Programa de Pós-Graduação em Estudos Antrópicos na Amazônia (PPGEAA/UFPA); membro do COLINS (Colaboratório de Interculturalidades, Inserção de Saberes e Inovação Social)/UFPA.

José Guilherme dos Santos Fernandes, Universidade Federal do Pará

Doutor em Letras (UFPB, 2004); Pós-Doutorado na Universidad Nacional de Tres de Febrero (UNTREF, Buenos Aires, Argentina, 2014); Professor Associado da Universidade Federal do Pará e do Programa de Pós-Graduação em Estudos Antrópicos na Amazônia (PPGEAA/UFPA); sócio colaborador da Associação Brasileira de Antropologia (ABA); membro associado do Centre Interuniversitaire d’Études et Recherches Autochtones (CIÉRA, Montreal, Canadá); coordenador do COLINS (Colaboratório de Interculturalidades, Inserção de Saberes e Inovação Social)/UFPA.

Fernando Monteiro da Silva, Universidade Federal do Pará; Secretaria de Meio Ambiente de São Caetano de Odivelas (PA)

Graduado em Geografia (Universidade Estadual Vale do Acaraú, 2010); especialista em Gestão e Direito Ambiental (UEPA, 2013); mestrando do Programa de Pós-Graduação em Estudos Antrópicos na Amazônia (PPGEAA/UFPA); analista ambiental na Prefeitura Municipal de São Caetano de Odivelas (PA) ; membro do COLINS (Colaboratório de Interculturalidades, Inserção de Saberes e Inovação Social)/UFPA.

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Publicado

2020-09-11

Como Citar

DO CANTO LOPES, P. R.; DOS SANTOS FERNANDES, J. G.; MONTEIRO DA SILVA, F. POVO DO MANGUE: ANTROPIZAÇÃO E VESTÍGIOS ARQUEOLÓGICOS NA PENÍNSULA ODIVELENSE. Espaço Ameríndio, Porto Alegre, v. 14, n. 1, p. 265, 2020. DOI: 10.22456/1982-6524.99280. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/EspacoAmerindio/article/view/99280. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

ARTIGOS