EMBRANQUECER AS TERRAS, DISCIPLINAR OS CORPOS: NOTAS SOBRE A POLÍTICA INDIGENISTA JUNTO AOS TIKMŨ,ŨN/MAXAKALI ENTRE 1940 E 1988
DOI:
https://doi.org/10.22456/1982-6524.83442Palavras-chave:
Tikmũ, ũn/Maxakali, etnocídio, Guarda Rural Indígena, Reformatório Krenak.Resumo
Neste artigo analisamos a política indigenista destinada aos Tikmũ,ũn_Maxakali entre 1940 e 1988. A partir de marcações temporais nativas, buscaremos evidenciar as variações da atuação assimilacionista dos órgãos indigenistas: o Tempo de Fonte, durante a gestão do SPI, sua ênfase foi direcionada ao embranquecimento das terras; e o Tempo de Pinheiro, já na administração da Funai, quando suas terras foram militarizadas ao mesmo tempo em que o foco orientou-se para os corpos dos índios. Fundamentamo-nos nas reflexões foucaultianas acerca do biopoder, bem na ideia de necropolítica de Achille Mbembe para evidenciar as estratégias que a soberania estatal acionou durante a ditadura empresarial-militar ao exercer direito sobre a vida e a morte da terra e dos corpos Tikmũ,ũn_Maxakali. Nosso argumento é o de que houve ali uma tentativa clara de promover um etnocídio dissimulado por um ardiloso cinismo do bem.Downloads
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Publicado
2018-12-28
Como Citar
CAMPELO, D. F. G.; BERBERT, P. EMBRANQUECER AS TERRAS, DISCIPLINAR OS CORPOS: NOTAS SOBRE A POLÍTICA INDIGENISTA JUNTO AOS TIKMŨ,ŨN/MAXAKALI ENTRE 1940 E 1988. Espaço Ameríndio, Porto Alegre, v. 12, n. 2, p. 129, 2018. DOI: 10.22456/1982-6524.83442. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/EspacoAmerindio/article/view/83442. Acesso em: 7 dez. 2023.
Edição
Seção
DOSSIÊ