"TAVA EU NA MINHA ALDEIA, PRA QUÊ MANDOU ME CHAMAR?”

UMA INVESTIGAÇÃO AUTOETNOGRÁFICA DA RESISTÊNCIA KAPINAWÁ NA PRESERVAÇÃO DOS DIREITOS TERRITORIAIS E IDENTITÁRIOS DIANTE DA EXPLORAÇÃO DE ENERGIA EÓLICA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22456/1982-6524.141491

Resumo

O presente trabalho é atravessado pela imersão contínua na realidade do Povo Kapinawá, influenciando a construção e a percepção da pesquisa. Como membro da comunidade e testemunha ativa dos esforços para garantir direitos, foi possível observar e participar diretamente de várias da luta para a preservação da identidade étnica e a defesa de direitos. Em contrapartida a todo o discurso institucional de proteção desses modos de vida, a instalação de parques eólicos em territórios indígenas, como os dos Kapinawá, levanta sérios questionamentos sobre a preservação de direitos territoriais e culturais previstos na CRFB/88. Embora esses projetos sejam promovidos como soluções sustentáveis para a crise energética, sua implementação desconsidera o impacto sobre a integridade ambiental e cultural das regiões afetadas. Essa desconexão revela a necessidade de uma abordagem que respeite e proteja os direitos e a identidade dos povos tradicionais. Ao integrar a perspectiva pessoal com a análise acadêmica, o estudo busca oferecer uma visão mais completa e respeitosa das experiências do Povo Kapinawá, promovendo uma reflexão sobre as práticas e desafios enfrentados na defesa dos direitos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Aylla Monteiro de Oliveira, Universidade de Pernambuco

Graduada em Direito pela Universidade de Pernambuco, Campus Arcoverde. Estagiária do Instituto de Direito Global (ID GLOBAL). Integrante do Grupo de Pesquisa: G-pense! - Grupo de Pesquisa sobre Contemporaneidade, Subjetividades e Novas Epistemologias (UPE/CNPQ) e do Laboratório de Estudos sobre Ação Coletiva e Cultura - LACC (UPE). Extensionista do Programa Direitos em Movimento (UPE). Advogada Indígena.

Fernando da Silva Cardoso, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro

Doutorando em Direito - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (2016). Mestre em Direitos Humanos - Universidade Federal de Pernambuco (2015). Especialista em Direitos Humanos - Universidade Federal de Campina Grande (2015). Bacharel em Direito - Centro Universitário do Vale do Ipojuca (2012). Professor Assistente, Subcoordenador de Pesquisa e Extensão e membro do Núcleo Docente Estruturante do Curso de Direito da Universidade de Pernambuco - Campus Arcoverde. Vice-Líder do Grupo de Estudos e Pesquisas Transdisciplinares sobre Meio Ambiente, Diversidade e Sociedade (UPE/CNPq). Membro do Núcleo de Estudos e Pesquisas de Educação em Direitos Humanos da UFPE. Pesquisador do Grupo de Pesquisas sobre Democracia, Gênero e Direito (PUC-Rio/CNPq), de Educação em Direitos Humanos, Diversidade e Cidadania (UFPE/CNPq), Movimentos Sociais, Educação e Diversidade na América Latina (UFPE-CAA/CNPq) e do Diversiones - Grupo de Pesquisa sobre Direitos Humanos, Poder e Cultura em Gênero e Sexualidade (UFPE-CNPq). Possui interesse/experiência nas áreas de: Estudos Empíricos em Direito, Direitos Humanos, Gênero, Justiça de Transição e Educação em Direitos Humanos.

Downloads

Publicado

2025-04-30

Como Citar

MONTEIRO DE OLIVEIRA, Aylla; CARDOSO, Fernando da Silva. "TAVA EU NA MINHA ALDEIA, PRA QUÊ MANDOU ME CHAMAR?”: UMA INVESTIGAÇÃO AUTOETNOGRÁFICA DA RESISTÊNCIA KAPINAWÁ NA PRESERVAÇÃO DOS DIREITOS TERRITORIAIS E IDENTITÁRIOS DIANTE DA EXPLORAÇÃO DE ENERGIA EÓLICA. Espaço Ameríndio, Porto Alegre, v. 19, n. 1, p. 258–292, 2025. DOI: 10.22456/1982-6524.141491. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/EspacoAmerindio/article/view/141491. Acesso em: 15 jul. 2025.

Edição

Seção

AUTORES INDÍGENAS