MOVIMENTOS KAINGANG E AS CONTROVÉRSIAS DO GRANDE DIVISOR: A PERSPECTIVA INDÍGENA DA PAISAGEM, DO TERRITÓRIO E DA TERRA INDÍGENA NO SUL DO BRASIL

Autores

  • Alexandre Magno Aquino UFRGS

DOI:

https://doi.org/10.22456/1982-6524.103125

Palavras-chave:

Kaingang, paisagem, cosmologia, etnohistoria, configuração socioespacial.

Resumo

Analiso as narrativas e as práticas kaingang que oferecem exemplos importantes para o entendimento do ponto vista indígena sobre a história da configuração atual do seu território e territorialidade. Enfatiza-se a importância das aldeias para a relação indígena com a alteridade, considerando os processos de apropriação de poderes provenientes do exterior, especialmente, na relação com a natureza e com o mundo do branco. Por um lado, verifica-se que a generalização das formas de ocupação observadas a partir da conformação histórica dos aldeamentos Kaingang e a vida social e politica no seu interior implica uma série de controvérsias entre as reivindicações indígenas e a política do órgão indigenista de demarcação de terras em relação às demais aldeias kaingang em reivindicação, que os índios denominam “retomadas”. Por outro, que os processos históricos estão articulados aos aspectos sociocosmológicos da relação Kaingang com a paisagem, nos quais se verifica a atualização de uma concepção de território que conjuga os tempos mítico (gufãg), histórico (vãsy) e atual (üri). Esta orientação nos levará aos lugares e caminhos (sejam eles trilhas, picadas e/ou estradas), onde se encontram suas aldeias e acampamentos.

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Publicado

2020-12-16

Como Citar

AQUINO, A. M. MOVIMENTOS KAINGANG E AS CONTROVÉRSIAS DO GRANDE DIVISOR: A PERSPECTIVA INDÍGENA DA PAISAGEM, DO TERRITÓRIO E DA TERRA INDÍGENA NO SUL DO BRASIL. Espaço Ameríndio, Porto Alegre, v. 14, n. 2, p. 199, 2020. DOI: 10.22456/1982-6524.103125. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/EspacoAmerindio/article/view/103125. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

ARTIGOS