ARTE COUSSIOUAR, PERSPECTIVAS HISTÓRICAS DE ALTERIDADE E RECONHECIMENTO
DOI:
https://doi.org/10.22456/1982-6524.101897Palavras-chave:
Indianidade, Cultura, Memória, História, WajãpiResumo
A arte coussiouar ou Kusiwa pertence ao povo Wajãpi e integra seu repertório cultural. Aparentemente circunscrita ao grafismo corporal, vem a expressar muito mais que padrões gráficos, como também a cosmovisão, as crenças e as práticas xamanísticas do povo através de narrativas orais. No início do século XXI ela foi considerada patrimônio da humanidade pela Unesco e tal fenômeno pareceu indicar um deslocamento da condição de “outro”, exótico e exógeno, para o reconhecimento da indianidade. Mas o processo de patrimonialização da arte Kusiwa revela, em essência, a resistência dos Wajãpi, da mesma forma que a apropriação de ferramentas do mundo contemporâneo para registrar e salvaguardar seu patrimônio imaterial. Assim, nesse artigo partimos dos relatos etnográficos de viajantes oitocentistas para adentrar à história do tempo presente, considerando que essa trajetória de reconhecimento da arte Coussiouar não se traduz em um percurso linear e sem ressalvas, mas, sobretudo, em um enfrentamento contemporâneo epistêmico de alteridade, poder e de patrimonialização das diferenças.Downloads
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Publicado
2020-09-11
Como Citar
CARDOSO, P. B.; ALMEIDA, C. S. de. ARTE COUSSIOUAR, PERSPECTIVAS HISTÓRICAS DE ALTERIDADE E RECONHECIMENTO. Espaço Ameríndio, Porto Alegre, v. 14, n. 1, p. 191, 2020. DOI: 10.22456/1982-6524.101897. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/EspacoAmerindio/article/view/101897. Acesso em: 7 dez. 2023.
Edição
Seção
ARTIGOS