Crescimento, diversidade e sobrevivência: o conceito de vitalidade aplicado em um estudo cientométrico

Autores

  • Maria de Fatima Santos Maia Universidade Federal do Rio Grande
  • Sônia Elisa Caregnato Universidade Federal do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.19132/1808-5245213.368-389

Palavras-chave:

Comunicação científica. Padrões de comunicação científica - Brasil. Ciências da Saúde. Cientometria.

Resumo

Aborda a estrutura e a dinâmica das atividades de produção científica na área das Ciências da Saúde no Brasil. Partiu-se do pressuposto de que a vitalidade da ciência pode ser identificada através de características sobre produtividade de autores, longevidade de instituições, diversidade temática e canais de divulgação. Por meio da identificação dessas características específicas, foram apontados indícios que representam diferentes graus de vitalidade. Analisando 117.521 artigos de autores brasileiros publicados entre 1987 e 2011 em periódicos indexados pela base de dados bibliográfica Medline, foram identificadas características de vitalidade em cada um dos 27 estados da federação. Os resultados revelaram que, na área das Ciências da Saúde no Brasil, há muita disparidade entre os estados e que os maiores graus de vitalidade científica estão localizados nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Maria de Fatima Santos Maia, Universidade Federal do Rio Grande

Possui graduação em Biblioteconomia pela Fundação Universidade Federal do Rio Grande (1998), mestrado e doutorado em Comunicação e Informação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Atualmente é professora do Curso de Biblioteconomia da Universidade Federal do Rio Grande - FURG. Tem experiência na área de ciência da informação, comunicação científica, estudos bibliométricos, processamento e busca de informação em saúde.

Referências

BETTENCOURT, L. M. A. et al. Population modeling of the emergence and development of scientific fields. Scientometrics, Amsterdam, v. 75, n. 3, p. 495-518, 2008.

BÖRNER, K. et al. An introduction to modeling science: basic model types, key definitions, and a general framework for the comparison of process models. In: SCHARNHORST, A.; BORNER, K., et al (Ed.). Models of science dynamics encounters between complexity theory and information sciences. Berlin: Springer, 2012. p.3-22.

BOUCHARD, L. et al. Research on health inequalities: a bibliometric analysis (1966-2014). Social Science & Medicine, Kidlington, v. 141, p. 100-108, jul. 26, 2015. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0277953615300381>. Acesso em: 14 nov. 2015.

BOYACK, K. W.; KLAVANS, R. Map of scientific paradigms. In: BÖRNER, K. (Ed.). Atlas of science: visualizing what we know. Cambridge: MIT, 2010. p. 136-37

BRAZIER, J. et al. Validating the SF-36 health survey questionnaire: new outcome measure for primary care. British Medical Journal, London, v. 305, n. 6846, p. 160-64, 1992.

BUCHELI, V. et al. Growth of scientific production in Colombian universities: an intellectual capital-based approach. Scientometrics, Amsterdam, v. 91, n. 2, p. 369-82, 2012.

CALLON, M.; COURTIAL, J. P.; PENAN, H. Cienciometría: la medición de la actividad científica:de la bibliometría a la vigilancia tecnológica.Gijón: Trea, 1995.

CASTIEL, L. D.; SANZ-VALERO, J. Entre fetichismo e sobrevivência: o artigo científico é uma mercadoria acadêmica? Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 23, n. 12, p. 3041-50, 2007.

COBO, M. J. et al. Science mapping software tools: review, analysis, and cooperative study among tools. Journal of the American Society for Information Science and Technology, Hoboken, v. 62, n. 5, p. 1-21, 2011. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1002/asi.21525>. Acesso em: 14 nov. 2015.

COLE, S. The hierarchy of the sciences? American Journal of Sociology, Chicago, v. 89, n. 1, p. 111-139, 1983.

COLE, S.; COLE, J. R.; SIMON, G. A. Chance and consensus in peer review. Science, Washington, v. 214, n. 4523, p. 881-6, Nov. 20, 1981.

COMMITTEE ON ASSESSING BEHAVIORAL. A strategy for assessing science: behavioral and social research on aging. Washington: National Academies, 2006. Disponível em: <http://www.nap.edu/openbook.php?record_id=11788>. Acesso em: 14 nov. 2015.

CRUZ, C. H. B. Brazil: reward quality. Nature, London, v. 490, p. 334, 2012.

DANKOSKI, M. E. et al. An expanded model of faculty vitality in academic medicine. Advances in Health Sciences Education, Dordrecht, Dec. 2, 2011.

DING, Y.; CRONIN, B. Popular and/or prestigious? Measures of scholarly esteem. Information Processing & Management, Oxon, v. 47, n. 1, p. 80-96, 2011.

FOOTE, M. et al. On the bidirectional relationship between geographic range and taxonomic duration. Paleobiology, Lawrence, v. 34, p. 421-33, 2008.

GLÄNZEL, W.; LETA, J.; THUS, B. Science in Brazil. Part 1: a macro-level comparative study. Scientometrics, Amsterdam, v. 67, n. 1, p. 67-86, 2006.

GREENBERG, S. How citation distortions create unfounded authority: analysis of a citation network. British Medical Journal, London, v. 339, n. b2680, p. 1-14, 2009.

IRIBARREN-MAESTRO, I. Producción científica y visibilidad de los investigadores de la Universidad Carlos III de Madrid en las Bases de Datos del ISI, 1997-2003. 2006.Tese (Doutorado) - Departamento de Biblioteconomia y Documentación, Universidad Carlos III de Madrid, Getafe, 2006.

JABLONSKI, D. Mass extinctions and macroevolution. Paleobiology, Lawrence, v. 31, n. 192-210, 2005.

KIKUCHI, R. K.; LEAO, Z. M.; OLIVEIRA, M. D. Conservation status and spatial patterns of AGRRA vitality indices in Southwestern Atlantic reefs. Revista de Biología Tropical, San José, v. 58, Supl. 1, p. 1-31, 2010.

KLAVANS, R.; BOYACK, K. W. Thought leadership: A new indicator for national and institutional comparison. Scientometrics, Amsterdam, v. 75, n. 2, p. 239-250, 2008.

KUHN, T. S. A estrutura das revoluções científicas. 9. ed. São Paulo: Perspectiva, 2005.

LANE, J. Let’s make science metrics more scientific. Nature, London, v. 464, p. 488-89, 2010.

LEITE, P.; MUGNAINI, R.; LETA, J. A new indicator for international visibility: exploring Brazilian scientific community. Scientometrics, Amsterdam, v. 88, n. 1, p. 311-319, 2011. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1007/s11192-011-0379-9>. Acesso em:

LEYDESDORFF, L.; ROTOLO, D.; RAFOLS, I. Bibliometric Perspectives on Medical Innovation using the Medical Subject Headings (MeSH) of PubMed. 2012. Disponível em:<http://arxiv.org/abs/1203.1006>. Acesso em: abr. 2012.

MAIA, M. F. S. Comunicação científica em ciências da saúde no Brasil: estrutura e dinâmica da produção e indícios de vitalidade. 2014. Tese (Doutorado) - Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Informação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2014. Disponível em: <http://hdl.handle.net/10183/96674>. Acesso em: jul. 2015.

MALI, F. et al. Dynamic scientific co-authorship networks In: SCHARNHORST, A.; BORNER, K. et al. (Ed.). Models of science dynamics encounters between complexity theory and information sciences. Berlin: Springer, 2012. p.195-232

MAYR, E. Isto é biologia: a ciência do mundo vivo. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.

OLIVEIRA, E. A. et al. Profile and scientific poduction of CNPq researchers in cardiology. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, Rio de Janeiro, v. 97, p. 186-193, 2011. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/S0066-782X2011005000086>. Acesso em: 14 nov. 2015.

PARDO, S.; GALVAGNO, M. A.; CERRUTTI, P. Studies of viability and vitality after freezing of the probiotic yeast Saccharomyces boulardii: physiological preconditioning effect. Revista Iberoamericana de Micología, Bilbao, v. 26, n. 2, p. 155-60, jun. 30, 2009.

POBLACIÓN, D. A. et al. (Eds). Revistas científicas: dos processos tradicionais às perspectivas alternativas de comunicação. São Paulo: Ateliê Editorial, 2011.

PORTOCARRERO, V. As ciências da vida: de Canguilhem a Foucault. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2009.

RONS, N.; AMEZ, L. Impact vitality: an indicator based on citing publications in search of excellent scientists. Research Evaluation, Oxford, v. 18, n. 3, p. 233-241, 2009.

SANDSTRÖM, U.; SANDSTRÖM, E. The field factor: towards a metric for academic institutions. Research Evaluation, Oxford, v. 18, n. 3, p. 243-250, 2009.

SANTOS, G. C.(Ed.).Fontes de indexação para periódicos científicos: um guia para bibliotecários e editores. Campinas: UNICAMP, 2010.

TENOPIR, C.; KING, D. W. Towards electronic journals: realities for scientists librarians, and publishers. Washington: SLA, 2000.

URBIZAGÁSTEGUI ALVARADO, R. A frente de pesquisa na literatura sobre a produtividade dos autores. Encontros Bibli: revista eletrônica de Biblioteconomia e Ciência da Informação, Florianópolis, v. 14, p. 38-56, 2009.

WAINER, J.; VIEIRA, P. Correlations between bibliometrics and peer evaluation for all disciplines: the evaluation of Brazilian scientists. Scientometrics, Amsterdam, 2013.

ZIMAN, J. M. Conhecimento público. Belo Horizonte: Itatiaia, 1979.

Downloads

Publicado

2015-12-24

Como Citar

MAIA, M. de F. S.; CAREGNATO, S. E. Crescimento, diversidade e sobrevivência: o conceito de vitalidade aplicado em um estudo cientométrico. Em Questão, Porto Alegre, v. 21, n. 3, p. 368–389, 2015. DOI: 10.19132/1808-5245213.368-389. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/EmQuestao/article/view/59319. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigo

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

<< < 1 2