Detecção de possíveis agentes virais associados à circovirose suína
DOI:
https://doi.org/10.22456/1679-9216.17320Keywords:
Circovírus suíno, PCV2, SMDS, Coinfecção, TTVAbstract
O Circovírus suíno tipo 2 (PCV2) é um vírus ubíquo que tem sido associado a um número de síndromes em suínos. Entre elas, a Síndrome Multissistêmica do Definhamento dos Suínos (SMDS) tornou-se uma das principais causas de perdas econômicas na suinocultura nacional. No entanto, existe incerteza se o PCV2 é, de fato, o único agente responsável por esse quadro, essencialmente porque a administração isolada do vírus a animais suscetíveis não tem sido capaz de reproduzir experimentalmente a síndrome. Em vista disso, um número de outros agentes infecciosos (e não infecciosos) têm sido examinados e, sua potencial participação no desenvolvimento da SMDS, tem sido pesquisada. No presente estudo foram realizados experimentos visando determinar se outro(s) agente(s) com genoma de DNA circular poderia(m) desempenhar algum papel no desenvolvimento da SMDS. Para tanto, a técnica denominada “amplificação por círculo rolante com múltiplos primers” (ACRMP) foi empregada. A ACRMP é baseada na atividade da DNA polimerase do fago phi29, uma enzima capaz de sintetizar novas moléculas de DNA a partir de um molde de DNA circular. Numa segunda etapa, o DNA amplificado é clivado com enzimas de restrição, ocasionando a linearização de grande quantidade de cópias do DNA alvo original. Como a ACRMP é realizada com primers aleatórios, nenhum conhecimento prévio da seqüência de nucleotídeos alvo é necessário. Portanto, pode-se, teoricamente, amplificar DNA circular de qualquer microorganismo, o que a torna ideal para o propósito do presente estudo. O DNA extraído de soros de 67 suínos com sinais clínicos de SMDS, assim como de 63 suínos saudáveis, foram submetidos à ACRMP. O principal achado deste estudo foi que o genoma de um (ou mais) anelovírus foi(ram) detectado(s) em 88,9% (56/63) dos suínos saudáveis, ao passo que o(s) mesmo(s) agente(s) somente foi(ram) detectado(s) em 16,4% (11/67) dos soros de suínos com sinais clínicos da SMDS. Alguns fragmentos de DNA, potencialmente correspondentes a fragmentos de genomas virais, foram seqüenciados, revelando que, pelo menos um deles, corresponde a uma seqüência de anelovírus suíno ainda não descrita. No entanto, outro genoma correspondente a um anelovírus foi encontrado na mesma amostra, sugerindo que mais de um vírus pode estar presente em amostras de soro. Esses resultados demonstraram que os anelovírus, de grande variabilidade genética, são significativamente mais prevalentes em suínos clinicamente saudáveis do que em suínos com SMDS.
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