Cidade como lugar próprio e do absoluto: os dilemas de uma política de valorização de bens culturais
DOI:
https://doi.org/10.22456/1984-1191.9174Resumo
Que experiência singular revela a Cidade que nos possibilite enriquecer o debate em torno de bens culturais intangíveis no corpo de uma reflexão conceitual maior sobre uma política de preservação cultural em Porto Alegre, capital do estado do Rio Grande do Sul? Inicialmente, é importante situar que existem muitas formas de se abordar a Cidade do ponto de vista da preservação e valorização de seus bens culturais. Para iniciar este assunto escolho, não de forma arbitrária, desenvolver a idéia de que a Cidade como fenômeno que encerra um espaço humanizado singular preserva valores éticos e morais coletivos profundamente enraizados na Grande Tradição da cultura ocidental.
Gostaria de inverter um pouco o percurso do debate que costuma se tecer em torno do patrimônio cultural e recolocar o tema da preservação de bens culturais coletivos no corpo das formações de significado intrinsecamente construídas por nossa cultura ocidental acerca da Cidade. Ou seja, trata-se de se situar lendas, crenças, saberes e fazeres, histórias, tradições, hábitos e costumes do homem ocidental no corpo dos processos de criação e fabricação da Cidade e suas repercussões para uma política de valorização de seus bens culturais no meio urbano contemporâneo.
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