Carrinheiros: cotidiano e itinerários urbanos de catadores de lixo da Vila Cruzeiro em Porto Alegre
DOI:
https://doi.org/10.22456/1984-1191.9159Resumo
O presente estudo tem por objetivo estudar o cotidiano e os itinerários urbanos de carrinheiros (também conhecidos como papeleiros), moradores da Vila Cruzeiro de Porto Alegre. Trata-se de um grupo social pertencente às classes populares, que moram em território valorado negativamente no contexto urbano porto-alegrense. Tendo por ofício a coleta de lixo das ruas e calçadas em bairros vizinhos à sua moradia, os carrinheiros cotidianamente estão em situação de interação com atores sociais dotados de diferente visão do espaço social da metrópole. Nas ruas e avenidas, bairros e redes sociais, suas interações são mediadas não só pelo olhar inquisidor de moradores e pelo confronto tenso com motoristas; também se constituem na interação direta entre os carrinheiros e a metrópole, pelo lixo que esta produz. Dessas relações emergem redes de sociabilidade e reciprocidade que permitem aos carrinheiros manter seu modo de vida, mas também formas de estigmatização, violência física e simbólica, exclusão e precarização das condições de existência dos mesmos.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Todo o conteúdo do periódico, exceto onde está identificado, está licenciado sob uma Licença Creative Commons do tipo atribuição BY-NC.
O envio dos trabalhos implica a cessão imediata e sem ônus dos direitos de publicação para a revista, a qual é filiada ao sistema Creative Commons, atribuição CC BY-NC (https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/). O autor é integralmente responsável pelo conteúdo do artigo e continua a deter todos os direitos autorais para publicações posteriores do mesmo, devendo, se possível, fazer constar a referência à primeira publicação na revista. Esta não se compromete a devolver as contribuições recebidas.
O(s) autor(es) que submete (m) artigos para publicação na revista Iluminuras são legalmente responsáveis pela garantia de que o trabalho não constitui infração de direitos autorais, isentando a Revista Iluminuras quanto a qualquer falha quanto a essa garantia.