Capitania do Maranhão: A percepção da natureza para o homem do século XVIII e as práticas científicas de Portugal

Autores

  • Alessandra Cristina Costa Monteiro UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

DOI:

https://doi.org/10.22456/1984-1191.91475

Palavras-chave:

História Natural. Natureza. Maranhão. Século XVIII.

Resumo

Esta pesquisa busca conhecer as práticas científicas na Capitania do Maranhão na segunda metade do século XVIII no contexto da História Natural de Portugal. Na oportunidade, pensar as relações do homem com a natureza a partir do estudo das remessas de gêneros naturais enviados do Maranhão para a Europa, está entre as preocupações. Para tanto utilizamos como fonte as correspondências trocadas entre os governadores desta Capitania e o Secretário de Estado de Negócios da Marinha e Ultramar, Martinho de Melo e Castro no período de 1773 à 1790. Portanto, com a introdução da História Natural a apropriação da natureza vai emergir enquanto principal fator de projeção científica e econômica. Ao fornecer informações que beneficiavam a atividade agrícola e o comércio, as descrições possibilitaram o conhecimento de novos produtos e fontes de matéria-prima que serviriam para o desenvolvimento do comércio e da ciência. Tratava-se de conhecer, classificar e dominar o território e suas potencialidades estreitando os laços entre Portugal e seus domínios.

Palavras – chave: Natureza. Maranhão. Século XVIII.

 

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Biografia do Autor

Alessandra Cristina Costa Monteiro, UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

Graduada em Ciencias Humanas com habilitação em História, mestra em História Social. Desenvolve pesquisas de cunho interdiciplinar nas Areas de História Colonial, História Ambiental, História Regional e outras áreas afins.

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Publicado

2019-07-26

Como Citar

COSTA MONTEIRO, A. C. Capitania do Maranhão: A percepção da natureza para o homem do século XVIII e as práticas científicas de Portugal. ILUMINURAS, Porto Alegre, v. 20, n. 50, 2019. DOI: 10.22456/1984-1191.91475. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/iluminuras/article/view/91475. Acesso em: 28 mar. 2024.