“Banzo” de Raimundo Correia: O sublime constatar da herança de um fracasso colonial
DOI:
https://doi.org/10.22456/1984-1191.91355Palavras-chave:
Banzo, Escravidão, Colonização, Raimundo CorreiaResumo
O artigo pensa os interesses da poesia brasileira do fim do século XIX, focando nas crises da escravatura e monarquia, heranças do período da empresa colonial ibérica. Toca em temas como ocidente e oriente, alteridade, representações da mulher e do negro e o modernizar da sociedade que reorganiza o trabalho. Através da investigação crítica em leituras de profundidades gradativamente maiores do soneto “Banzo”, de Raimundo Correia, e de outros desse e de seus contemporâneos, o artigo encontra heranças, permanências de um passado colonial, como a desvalorização da cidadania com relação à parcela negra da população, impedindo um Brasil liberal e democrático, que se desejava. Dessas heranças e do exílio negro adviria uma tristeza mortal que passa a se denominar “banzo”. Por fim, investigamos na poesia de língua portuguesa as origens de uma possível linhagem de uma poética do exílio advinda desde o inicio do era colonial, passando por diversos períodos e buscando traçar possíveis ligações com o soneto “Banzo”.Downloads
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