Estudo antropológico das crônicas da vida cotidiana porto alegre: 35 anos de observatório do colonista Gasparotto
DOI:
https://doi.org/10.22456/1984-1191.9123Resumo
A presente pesquisa antropológica busca descrever e analisar o estilo de vida e as relações sociais existentes em um grupo de classe alta em Porto Alegre. Esta pesquisa se insere no Projeto Integrado de Pesquisa "Estudo Antropológico de Itinerários Urbanos, Memória Coletiva e Formas de Sociabilidade no Meio Urbano Contemporâneo", ligado ao CNPq, sob orientação do Professor Ari Pedro Oro, Cornelia Eckert e Ana Luiza Carvalho da Rocha. O universo da pesquisa estudado tem como característica indivíduos pertencentes ao meio das colunas sociais dos jornais porto-alegrenses nos últimos 35 anos. O cenário onde perpassam estes personagens é narrado por um colunista, Paulo Raymundo Gasparotto, inserido no meio jornalístico local desde 1961.
Neste sentido partimos do pressuposto que na cidade de Porto Alegre, grupos sociais favorecidos desenvolvem uma sociabilidade lúcida marcada por eventos sociais públicos (como uma vernissage ou uma inauguração) ou privados (um casamento, uma formatura) que são sistematicamente divulgados pela imprensa local através de veículos de massa que buscam atingir as diferentes classes sociais letradas da cidade. Uma das práticas para diferenciar o prestígio dos eventos de grupos favorecidos ao longo da história jornalística, tem sido justamente a coluna social. Referente à história do colunismo em Porto Alegre, nosso personagem estudado tem uma longa trajetória em diferentes jornais e mesmo revistas de expressão desde a década de 1960 como a Revista do Globo, já extinta, o Jornal do Comércio, o Jornal Correio do Povo do Grupo Caldas Junior, e após na Zero Hora do grupo RBS 1, e mais recentemente no Jornal
O Sul do grupo Pampa. Este colunista passa a ser a figura principal nos eventos sociais deste universo onde atua. Suas informações são coletadas por entrevistas. Dessa forma as lembranças do colunista traçam estilos de vida, modos de ser e ter, locais e valores das elites porto-alegrenses no período assinalado. Ao mesmo tempo a etnografia das
imagens e textos das colunas permitem ao pesquisador dialogar com seu pesquisado.
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