Olhares cruzados sobre arte, imagem e resistências urbanas
DOI:
https://doi.org/10.22456/1984-1191.115991Palavras-chave:
Arte, Cidades, Resistências, Subjetividades, ImagemResumo
O artigo situa a cidade como território de produção e disseminação de práticas artísticas organizada pelas múltiplas e plurais formas de resistência, ativismo e contestação utilizadas nas lutas culturais, sociais, políticas e identitárias. Destacamos, como característica da arte ativista contemporânea, as narrativas e estratégias tem estetizado os pólos de conflito e presenças a partir das dimensões macro e micropolíticas de territórios e corpos-políticos de enunciação. Entre essas performances visuais chamamos atenção para as estratégias de visibilidade e exposição a partir de práticas artísticas e poéticas contra-coloniais. Por fim, relatamos um percurso de organização de olhares cruzados sobre arte, imagem e resistências urbanas tema da edição número 56 da Revista Iluminuras (PPGAS/UFRGS).
Palavras-chave: Arte. Cidades. Resistências. Subjetividades. Imagem.
CROSSED LOOKS ABOUT ART, IMAGES AND URBAN RESISTANCES
Abstract: The article locates the city as a territory for the production and dissemination of artistic practices organized by the multiple and plural forms of resistance, activism and contestation used in cultural, social, political and identity struggles. We highlight narratives and strategies as a characteristic of contemporary art activist have aestheticized the poles of conflict and presence from the macro and micro-political dimensions of territories and political-bodies of enunciation. Among these visual performances, we call attention to the strategies of visibility and exposure based on counter-colonial artistic and poetic practices. Finally, we report a path of organization of crossed views on art, image and urban resistance, theme of issue number 56 of Revista Iluminuras (PPGAS/UFRGS).
Keywords: Art. Cities. Resistance. Subjectivities. Image.
Downloads
Referências
ABALOS JUNIOR, J L. As políticas da criatividade: graffiti, street art e desenvolvimento urbano-cultural no Brasil e em Portugal. Tese (Doutorado em Antropologia Social). Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2021.
ADERALDO, G Territórios, mobilidades e estéticas insurgentes. Refletindo sobre práticas e representações coletivas de realizadores visuais nas metrópoles contemporâneas, Cadernos de Arte e Antropologia, Vol. 6, No 2 | -1, 31-48, 2017.
ADERALDO, G; OTÁVIO R. Deslocando fronteiras, notas sobre intervenções estéticas, economia cultural e mobilidade juvenil em áreas periféricas de São Paulo e Lisboa, Horizontes Antropológicos, vol.22, n.45, pp.279-305, 2016.
AGIER, M. Do direito à cidade ao fazer-cidade. O antropólogo, a margem e o centro. Mana, v. 21, n. 3, p. 483-498, 2015.
BOURRIAUD, N. Estética relacional, São Paulo: Martins, 2009.
BUSER, M., BONURA, C., Fannin, M. and Boyer, K. Cultural activism and the politics of place-making. City17(5): 606-627, 2013.
CAMPOS, R; SARROUY, A. Juventude, criatividade e agência política, TOMO, 37: 7-42, 2020.
CAMPOS, R; PAVONI, A; ZAIMAKIS, Y. Political Graffiti in Critical Times: The Aesthetics of Street Politics. Oxford & New York: Berghahn Books, 2021
CAMPOS, R. A parede é a coisa política por excelência” In Manuel Bogalheiro, Isabel Babo e João Sousa Cardoso (org.) Expressões Visuais Disruptivas no Espaço Público, Lisboa, CICANT - Edições Universitárias Lusófonas, no prelo, 2021.
CAMPOS, R.; SIMÕES, J. A.; PEREIRA, I. Digital media, representations and practices of recent activism in Portugal. Communications: The European Journal of Communication Research 43(4): 489-507. 2018.
DE CERTEAU, Michel. A invenção do cotidiano. 3ª edição. Petrópolis: Editora Vozes, 1998.
DELGADO, M. Artivismo y pospolítica. Sobre la estetización de las luchas sociales en contextos urbanos, Quaderns-e, Institut Català d'Antropologia, Número 18 (2) Any 2013 pp. 68-80, 2013.
DI GIOVANNI, J. R. Artes de abrir espaço. Apontamentos para a análise de práticas em trânsito entre arte e ativismo, Cadernos de Arte e Antropologia, Vol.4, No2, pp.13-27, 2015.
ECKARDT, F. Planning for Creativity? The Concept of the “Creative City” and the Case of the Documenta in Kassel. Reclaiming Public Space through Intercultural Dialogue, v. 17, p. 223, 2018.
FERREIRA DA SILVA, D. Ler a arte como confronto. Logos, v. 27, n. 3, 2020.
GLISSANT, É. Poétique de la Relation. Paris: Gallimard, 1990.
GONÇALVES, F. do N. Arte, ativismo e tecnologias de comunicação nas práticas políticas contemporâneas. Contemporânea, v. 10, n. 2, p. 178-193, 2012.
HALL, S. Cultura e representação. Rio de Janeiro, RJ: Ed. PUC-Rio: Apicuri, 2016.
HANKINS, K. Creative democracy and the quiet politics of the everyday. Urban Geography 38(4), 502-506, 2017.
HARGREAVES, I; HARTLEY, J. The Creative Citizen Unbound. How Social Media and DIY Culture Contribute to Democracy, Communities and the Creative Economy. Bristol: Policy Press. 2016.
JURIS, J. Embodying Protest: Culture and Performance within Social Movements. In B. Baumgarten, P. Daphi, and P. Ullrich (eds.), Conceptualizing Culture in Social Movement Research. Basingstoke: Palgrave Macmillan, 82-104, 2015.
LEFEBVRE, H. O Direito à cidade, Centauro Editora, 2006.
MIGNOLO, W. D. Aiesthesis decolonial. CALLE 14: revista de investigación en el campo del arte, v. 4, n. 4, p. 10-25, 2010.
MOMBAÇA, J. A plantação cognitiva. In: MASP Afterall - Arte e Descolonização. São Paulo: Museu de Arte de São Paulo, 2020.
MOTEN, F; HARNEY, S. Pretitude e governança. Atos de fala. Rio de Janeiro: Telemar, p. 27-33, 2016.
MOULD, O. Urban subversion and the creative city. Routledge, 2015.
PARK, R. “A cidade: sugestões para a investigação do comportamento humano no meio urbano”, in G. Velho, O fenômeno urbano, Rio de Janeiro, Zahar, 1967.
RANCIÉRE, J. A partilha do sensível: estética e política. São Paulo: Editora: Editora 34. 2000.
__________. El espectador emancipado. Ediciones Manantial, 2008.
__________. Nas margens do político. Lisboa: KKYM, 2014.
__________. O Desentendimento: política e filosofia. São Paulo: Ed. 34, 1998.
__________. O mestre ignorante: cinco lições sobre a emancipação intelectual. Autêntica, 2002.
ROLNIK, S. Desentranhando futuros. ComCiência, Campinas, n. 99, 2008. Disponível em <http://comciencia.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-76542008000200007&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 10 jun. 2021.
ROSA, R. Notas sobre o coletivismo artístico no Brasil. RUA, Campinas, SP, v. 12, n. 1, p. 27–35, 2015.
SANDOVAL C.; LATORRE G. Chicana/o Artivism: Judy Baca’s Digital Work with Youth of Color. In A. Everett (ed.),Learning Race and Ethnicity: Youth and Digital Media. Cambridge, MA: The MIT Press, 81-108, 2008.
SIMMEL, Georg. A ruína. In: SOUZA, Jessé e ÖELZE, Berthold. Simmel e a modernidade. Brasília: UnB. 1998. P. 137-144.
ST JOHN, G. Protestival: Global Days of Action and Carnivalized Politics in the Present, Social Movement Studies, 7:2 ,167 — 190, 2008
TLOSTANOVA, M. La aesthesis trans-moderna en la zona fronteriza eurasiática y el anti-sublime decolonial. Calle14: revista de investigación en el campo del arte, v. 5, n. 6, p. 10-31, 2011.
VERGARA, C. Corpo transgressão: a violência traduzida nas performances do Coletivo Coiote, Bloco Livre Reciclato e Black Blocs, Cadernos de Arte e Antropologia, Vol. 4, No 2 | -1, 105-123, 2015.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Todo o conteúdo do periódico, exceto onde está identificado, está licenciado sob uma Licença Creative Commons do tipo atribuição BY-NC.
O envio dos trabalhos implica a cessão imediata e sem ônus dos direitos de publicação para a revista, a qual é filiada ao sistema Creative Commons, atribuição CC BY-NC (https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/). O autor é integralmente responsável pelo conteúdo do artigo e continua a deter todos os direitos autorais para publicações posteriores do mesmo, devendo, se possível, fazer constar a referência à primeira publicação na revista. Esta não se compromete a devolver as contribuições recebidas.
O(s) autor(es) que submete (m) artigos para publicação na revista Iluminuras são legalmente responsáveis pela garantia de que o trabalho não constitui infração de direitos autorais, isentando a Revista Iluminuras quanto a qualquer falha quanto a essa garantia.