O lugar de encontro nas praças públicas do DF: as intervenções artísticas pelos afetos
DOI:
https://doi.org/10.22456/1984-1191.111828Palavras-chave:
Afeto, Espaço Urbano, Praça do povo, Praça do cidadão, SubjetividadesResumo
A partir de uma reflexão sobre a Praça do Povo (Brasília – DF) e da Praça do Cidadão (Ceilândia – DF), o artigo pretende fazer associações entre os saberes filosóficos, sociais e arquitetônicos que se unem na compreensão da produção de subjetividades das intervenções artísticas. O aporte teórico da “partilha do sensível”, de Jacques Rancière, nos ajuda a pensar sobre um conjunto comum partilhado pela via dos afetos. Como metodologia, utilizamos uma cartografia social que abrange o conceito de corpo, proposto pela filosofia de Spinoza, e assim vemos como resultado a tomada de consciência do espaço público no tecido urbano que pertence à população, e não à esfera privada. As praças mencionadas, neste sentido, são pensadas como um lugar de encontro proporcionado pela atuação deste espaço público em decorrência das interações entre as pessoas e o meio urbano.
Palavra-chave: Afeto. Espaço urbano. Praça do Povo. Praça do Cidadão. Subjetividades.
MEETING PLACE IN PUBLIC SQUARES ON THE FEDERAL DISTRICT: THE ARTISTIC INTERVENTIONS BY AFFECTIONS
Abstract: Through the analysis about the People Square (Brasília) and Citizen Square (Ceilândia), the article has been associating with Philosophy, Social Studies and Architecture knowledge to understand the production of subjectivities for artistics intervention. The theoretical contribution is related to an idea of “distribution of the sensitive” of Jacques Rancière to think of a common set shared by means of affection. As methodology we have used Social Cartography to include the idea about the body proposed by Spinoza Philosophy. Then, as a result, to be aware of public space as urban fabric that belongs to the population and not to the private sphere. The squares mentioned are thought of as a meeting place provided by the performance of this public space by interactions between people and the urban environment.
Key words: Affection. Urban space. People square. Citizen Square. Subjectivities.
Downloads
Referências
DARDOT, Pierre; LAVAL, Christian. A nova razão do mundo: ensaio sobre a sociedade neoliberal. São Paulo: Editora Boitempo, 402 p, 2016
DELEUZE, Gilles. Foucault; tradução Claúdia Sant´Anna Martins; revisão da tradução Renato Riberio, São Paulo: Brasiliense, 2005.
____________ O que é um dispositivo? Disponível em:<http://vsites.unb.br/fe/tef/filoesco/foucault/art14.pdf>. Acesso em: 30 de setembro 2020
____________ & GUATTARI, F. Mil Platôs: capitalismo e esquizofrenia. Vol.I. São Paulo: Ed.34, 1995.
FERRARA, Lucrécia DAlessio. As mediações da paisagem. Líbero, São Paulo, v. 29, n. 15, p. 43-50, 2012.
INTERNACIONAL SITUACIONISTA. Internationale Situationniste, Vol. 1, 1958. Disponível em: Acesso em 04 Fev 2021
JACQUES, Paola Berenstein. Corpografias urbanas. Arquitextos, São Paulo, ano 08, n. 093.07, Vitruvius, fev. 2008
LAUANDE JUNIOR, Francisco de Assis. Brasília: a Praça dos Três Poderes. 2008. 178 f. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo)-Universidade de Brasília, Brasília, 2008.
LEFEBVRE, Henri. A produção do espaço. Trad. Doralice Barros Pereira e Sérgio Martins (do original: La production de l’espace. 4e éd), 2006
LYNCH, Kevin. A imagem da cidade; tradução Jefferson Luiz Camargo. 3ªEdição. São Paulo: Editora Martins Fontes, 2011.
PEIXOTO, Nelson Brissac. Intervenções Urbanas. Rua, Campinas, Número Especial: 81-88, 1999.
SANTOS, Milton. Pensando o espaço do homem. 4ª Edição. São Paulo: Editora HUCITEC, 1997.
RANCIÈRE, Jacques. Partilha do Sensível: estética e política; tradução de Mônica Costa Net – São Paulo: EXPO experimental org: ED. 34, 2005. 72p
____________ O espectador emancipado; tradução Ivone C Benedetti – São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2012.
ROLNIK, Raquel. O que é a cidade. São Paulo: Brasiliense (Coleção Primeiros Passos). Ebook, 2017.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Todo o conteúdo do periódico, exceto onde está identificado, está licenciado sob uma Licença Creative Commons do tipo atribuição BY-NC.
O envio dos trabalhos implica a cessão imediata e sem ônus dos direitos de publicação para a revista, a qual é filiada ao sistema Creative Commons, atribuição CC BY-NC (https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/). O autor é integralmente responsável pelo conteúdo do artigo e continua a deter todos os direitos autorais para publicações posteriores do mesmo, devendo, se possível, fazer constar a referência à primeira publicação na revista. Esta não se compromete a devolver as contribuições recebidas.
O(s) autor(es) que submete (m) artigos para publicação na revista Iluminuras são legalmente responsáveis pela garantia de que o trabalho não constitui infração de direitos autorais, isentando a Revista Iluminuras quanto a qualquer falha quanto a essa garantia.