Avaliação de estímulos emocionais e reatividade psicofisiológica em pacientes com lesão encefálica adquirida

Autores

  • Fábio Silva CESPU – Instituto Universitário de Ciências de Saúde. R. Central de Gandra 1317; 4585-116 Gandra PRD; Portugal; Phone +351 224 157 100; Fax +351 224 157 102 CINTESIS – Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde (Grupo Neurogen).
  • Isabel Almeida Centro de Reabilitação Profissional de Gaia (CRPG). Arcozel, Portugal.
  • Sandra Guerreiro Centro de Reabilitação Profissional de Gaia (CRPG). Arcozel, Portugal.
  • Luís Coelho Monteiro Instituto Universitário de Ciências da Saúde (IUCS), Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário (CESPU). Gandra PRD, Portugal. Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde / Neurogen (CINTESIS). http://orcid.org/0000-0002-3552-5048

Palavras-chave:

Emoção, lesão encefálica adquirida, medidas de autorrelato, medidas fisiológicas

Resumo

Introdução: Para o estudo das emoções têm-se utilizado técnicas de autorrelato, nomeadamente, as escalas de valência e de arousal do Self-Assessment Manikin (SAM), que proporcionam uma apreciação cognitiva subjetiva das diferentes dimensões emocionais. No entanto, é legitimo equacionar que esta capacidade de avaliação cognitiva possa estar alterada em pacientes com lesão encefálica adquirida (LEA). Consequentemente, pode haver incongruência na avaliação das suas respostas emocionais. Assim, a avaliação deve incluir outras técnicas complementares, como são as medidas fisiológicas periféricas empiricamente validadas para o estudo das emoções. Método: Avaliamos 36 pacientes com LEA em referência a 33 participantes saudáveis. Ambos os grupos observaram imagens agradáveis, desagradáveis e neutras selecionadas do International Affective Picture System (IAPS), que tinham de classificar através das escalas de valência e de arousal do SAM, enquanto eram registadas as suas respostas fisiológicas periféricas: condutância elétrica da pele (CEP) e ritmo cardíaco (RC). Resultados: Nas técnicas de autorrelato, os pacientes com LEA fazem uma avaliação da valência diferente, independentemente dos estímulos, em relação aos controlos. Já quando consideramos a escala de arousal os pacientes sentem-se mais ativados do que os controlos, exceto nos estímulos desagradáveis. Contudo, os resultados obtidos na medição objetiva dos seus correlatos fisiológicos não são congruentes com a avaliação cognitiva que realizam. Uma vez que, mostraram menor reatividade aos estímulos independentemente da sua condição emocional. Conclusão: Estes resultados mostram que indivíduos com LEA têm dificuldade em fazer uma avaliação coerente do seu estado de ativação fisiológico.

Palavras-chave: Emoção; lesão encefálica adquirida; medidas de autorrelato; medidas fisiológicas

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Publicado

2020-03-25

Como Citar

1.
Silva F, Almeida I, Guerreiro S, Monteiro LC. Avaliação de estímulos emocionais e reatividade psicofisiológica em pacientes com lesão encefálica adquirida. Clin Biomed Res [Internet]. 25º de março de 2020 [citado 28º de março de 2024];39(4). Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/hcpa/article/view/96403