Comparação do Perfil de Dependentes Químicos Internados em uma Unidade de Dependência Química de Porto Alegre/RS em 2002 e 2006
Palavras-chave:
Dependência Química, Epidemiologia, Pacientes internados, Hospitais psiquiátricosResumo
Introdução: As pesquisas relativas ao uso de substâncias psicoativas têm se direcionado para levantar fatores de risco e proteção para este comportamento, a partir da definição do perfil epidemiológico destas populações. O objetivo deste trabalho é comparar os perfis das amostras de pacientes dependentes químicos que internaram em uma Unidade de Desintoxicação (UD) de Porto Alegre/RS em 2002 com os que internam em 2006. Método: O delineamento é transversal, retrospectivo, sendo realizada pesquisa em prontuários. A amostra é por conveniência, composta por dois grupos: 1) todos os pacientes internados na UD, do mês de setembro ao mês de dezembro de 2006 (n=118); 2) todos os pacientes internados nesta mesma unidade, nos meses de abril e maio de 2002 (n=202). Resultados: Houve um aumento significativo no uso de maconha, cocaína inalada e crack e uma diminuição no uso de solventes, não havendo mudanças quanto ao uso de álcool e cocaína injetável. Destaca-se o aumento da prevalência de dependentes de crack internados que subiu de 21,8% para 61,9%. Houve uma diminuição de quase 30% no número de alcoolistas que não usavam outras substâncias psicoativas, salvo o tabaco, na amostra de 2006. As comorbidades psiquiátricas foram bastante prevalentes, destacando-se um aumento significativo de pacientes com Transtornos de Personalidade. Conclusão: Conclui-se que o perfil dos dependentes químicos que internam para desintoxicação está se modificando, sendo importante que sejam delineadas novas estratégias terapêuticas para o melhor atendimento desta clientela
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