Crianças com paralisia cerebral: concordância entre métodos de avaliação antropométrica
Palavras-chave:
crianças, adolescentes, paralisia cerebral, avaliação nutricional, estado nutricional, curvas de crescimentoResumo
Introdução:Algumas dificuldades específicas de crianças com paralisa cerebral (PC) parecem interferir no diagnóstico nutricional. Porém, percebem-se divergências ao avaliar está população.
Objetivos:Verificar a concordância entre as curvas da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Centers for Disease Control and Prevention (CDC) às curvas específicas para crianças com PC; verificar a concordância entre o diagnóstico nutricional das curvas específicas e prega cutânea tricipital (PCT) e circunferência do braço (CB), além de avaliar a concordância entre altura aferida e altura estimada em crianças com PC.
Método: Foi estudado antropometria, altura estimada, capacidade funcional de crianças portadores de PC. Para a análise estatística foram utilizados Kappa, teste de Wilcoxom, gráfico de Bland & Altman e Mcnemar. O Estudo obteve a aprovação do Comitê Ética e Pesquisa.
Resultados:Foram avaliados 47 pacientes, cuja mediana idade foi 6,5 anos (IQ: 3,9 – 9,6). As curvas da OMS/CDC classificaram mais pacientes “com déficit nutricional” do que a curva específica para PC (para todos os parâmetros κ ≤0,49; P≤0,26). A CB e PCT superestimaram a ocorrência de “com déficit nutricional” (k ≤ 0,71; P ≤ 0,46 para todas as concordâncias). Para a concordância entre as alturas, a mediana de diferença foi de – 0,38 cm (IQ: -2,61 – 3,32). Em 40,4% dos participantes a altura estimada errou em mais de 3 cm (para mais ou para menos) o valor da altura aferida. Conclusão:Os métodos de avaliação nutricional que se baseiam em crianças saudáveis superestimam o diagnóstico de déficit nutricional em crianças com PC.
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