DISFUNÇÃO ENDOTELIAL NA RESISTÊNCIA À INSULINA E DIABETES MELITO: EFEITOS DO EXERCÍCIO
Palavras-chave:
Resistência à insulina, diabetes melito, disfunção endotelial, exercício físicoResumo
Indivíduos com resistência à insulina e diabetes melito têm morbidade e mortalidade cardiovascular aumentada. A disfunção endotelial tem sido implicada na patogênese da doença vascular diabética. Essa função anormal ocorre precocemente, antes da manifestação da doença cardiovascular, caracterizando-se por redução do vasorelaxamento dependente do endotélio.
Funções importantes são atribuídas ao endotélio vascular, como manutenção do tônus vascular, coagulação e fibrinólise, modulação da inflamação e agregação plaquetária. Estudos clínicos foram desenvolvidos no intuito de restaurar a função endotelial nas várias populações peculiares: diabéticos, saudáveis, hiperglicêmicos, hiperinsulinêmicos, hipertensos e hipercolesterolêmicos.
Nesse sentido, intervenções com L-arginina, drogas de redução lipídica (estatinas), antioxidantes (vitamina C) e exercício físico parecem restaurar a função endotelial anormal. Mais especificamente, o exercício físico parece restaurar a síntese de óxido nítrico (ON), melhorando o vasorelaxamento vascular nesse tipo de indivíduo. O objetivo deste trabalho foi atualizar
informações sobre função e disfunção endotelial no indivíduo com resistência à insulina e/ou diabetes melito. Metodologicamente, por meio de uma revisão da literatura, realizou-se uma pesquisa na base de dados MEDLINE e também foram utilizados outros trabalhos considerados relevantes. Foram relacionados 251 e 36 trabalhos, respectivamente, dentre os quais se aceitou um total de 127. Conclui-se que o indivíduo com resistência à insulina e/ou diabetes melito tem disfunção endotelial, alterando várias propriedades da função endotelial, e que o exercício físico pode recuperar algumas dessas propriedades.
Unitermos: Resistência à insulina; diabetes melito; disfunção endotelial; exercício físico
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