Avaliação da efetividade do acompanhamento farmacoterapêutico no controle do diabetes mellitus tipo 2 em longo prazo

Autores

Palavras-chave:

Acompanhamento farmacoterapêutico, cuidado farmacêutico, diabetes mellitus, Sistema Único de Saúde, hipoglicemiantes, hemoglobina A glicosilada, glicemia

Resumo

Introdução: O número de farmacêuticos que atuam em unidades básicas de saúde é reduzido, dificultando a execução do acompanhamento farmacoterapêutico (AFT) para um elevado número de pacientes. Portanto, deve-se estabelecer um período de execução do AFT, para que muitos pacientes sejam contemplados, contudo são escassos os estudos que avaliam a continuidade do controle da doença após a alta do serviço. Dessa forma, este estudo propôs avaliar o desfecho clínico de pacientes diagnosticados com Diabetes mellitus tipo 2 (DM2) após a alta de um serviço de AFT.

Métodos: Estudo de coorte retrospectiva após estudo de intervenção de um acompanhamento farmacoterapêutico, que avaliou 64 pacientes divididos em dois grupos: estudo (participaram de um programa de AFT) e controle (não participaram do programa de AFT). Foram coletados dados clínicos e laboratoriais destes pacientes ao final do programa de AFT (baseline - março/2006 a fevereiro/2007), e nos quatro anos após o término do programa de AFT (março/2007 a agosto/2011).

Resultados: Dentre os 64 pacientes, 56 foram incluídos. Nos quatro anos posteriores ao serviço observou-se nove óbitos, sendo seis do grupo controle e três do grupo de estudo (p=0,151). O grupo de estudo manteve os valores de hemoglobina glicada após AFT (HbA1c) (8,5% vs 8,0%, p = 0,082), enquanto que o grupo controle reduziu os valores de hemoglobina glicada (HbA1c) (9,1% vs 8,1%; p = 0,004). O controle da glicemia de jejum (GJ) do grupo de estudo foi mantido após quatro anos (149,5 mg/dL vs 148,8 mg/dL, p = 0,884), bem como o grupo controle (170,7 mg/dL vs 170,6 mg/dL, p = 0,993), no entanto ao comparar os dois grupos após AFT, o grupo de estudo apresenta valor significativamente menor que o grupo controle (p = 0,047).

Conclusão: Apesar das diferenças obtidas entre os grupos com o AFT não permanecerem após quatro anos, os resultados clínicos e laboratoriais não apresentaram piora significativa nesse período.

Palavras-chave: Acompanhamento farmacoterapêutico; cuidado farmacêutico; diabetes mellitus; Sistema Único de Saúde; hipoglicemiantes; hemoglobina A glicosilada; glicemia

 

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Publicado

2018-11-01

Como Citar

1.
Borges Pereira L, Molino Guidoni C, de Sá Borges AP, Régis Leira Pereira L. Avaliação da efetividade do acompanhamento farmacoterapêutico no controle do diabetes mellitus tipo 2 em longo prazo. Clin Biomed Res [Internet]. 1º de novembro de 2018 [citado 29º de março de 2024];38(3). Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/hcpa/article/view/81089