QUALIDADE DA ANTICOAGULAÇÃO ORAL EM AMBULATÓRIO ESPECIALIZADO DE HOSPITAL TERCIÁRIO: UM ESTUDO PILOTO

Autores

  • Aline Defaveri do Prado Serviço de Medicina Interna, Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Porto Alegre, RS, Brasil.
  • Cristiane Seganfredo Weber Serviço de Medicina Interna, Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Porto Alegre, RS, Brasil.
  • Gabriel Marques dos Anjos Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Porto Alegre, RS, Brasil.
  • Leonardo Reis de Souza Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Porto Alegre, RS, Brasil.
  • Luis Eduardo Paim Rohde Serviço de Cardiologia, Hospital de Clinicas de Porto Alegre (HCPA). Porto Alegre, RS, Brasil. Grupo de Pesquisa e Pós-graduação em Cardiologia e Ciências Cardiovasculares, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Porto Alegre, RS, Brasil.

Palavras-chave:

Anticoagulação oral, INR alvo, ambulatório

Resumo

Introdução: A anticoagulação oral constitui prática complexa, requerendo monitorização contínua de INR, educação do paciente e da equipe assistente, que deve dispor, ainda, de estrutura para manejo das complicações do tratamento. Objetivo: Descrever o perfil dos pacientes em acompanhamento no Ambulatório de Anticoagulação Oral do Serviço de Cardiologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e identificar a porcentagem de pacientes dentro do INR alvo determinado. Material e métodos: Estudo descritivo, retrospectivo com a análise das fichas de acompanhamento ambulatorial dos pacientes vinculados ao Ambulatório de Anticoagulação Oral do Serviço de Cardiologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Foram registrados características dos pacientes, doenças associadas, medicamentos em uso, indicação da anticoagulação, INR alvo, eventos embólicos e sangramentos e porcentagem de pacientes dentro
do INR alvo ao longo das consultas, entre outros. Resultados: Foram analisados 189 pacientes (60±16 anos), com tempo de acompanhamento médio de 15±10 meses e média de consultas por paciente de 10,3 ± 6,3. A média de consultas até ser atingindo o INR alvo foi de 3±2,3. As indicações mais freqüentes de
anticoagulação crônica foram a presença de fibrilação atrial em 95 (50,3%) pacientes e as próteses valvulares mecânicas em 119 (63%) pacientes. Os anticoagulantes em uso foram varfarina em 80% dos casos e femprocumona em 20%. Em relação à orcentagem de consultas em que os pacientes se mantiveram dentro do INR alvo observou-se que apenas 7% dos pacientes estiveram dentro do INR alvo em 81-100% das consultas. Considerando a primeira, décima e vigésima consultas, 63%, 40% e 25% dos pacientes encontravam-se fora do INR alvo (P<0,01). Sangramentos ocorreram em 65 (34.4%) pacientes, e eventos tromboembólicos ocorreram em apenas 3 pacientes (1,6% do total). Conclusão: As baixas taxas de anticoagulação em nível terapêutico encontradas neste ambulatório especializado são similares aos achados referidos na literatura internacional. Novos estudos são necessários para identificar e corrigir os obstáculos para uma anticoagulação crônica
adequada e segura.
Unitermos: Anticoagulação oral, INR alvo, ambulatório

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Publicado

2020-02-07

Como Citar

1.
do Prado AD, Weber CS, dos Anjos GM, de Souza LR, Rohde LEP. QUALIDADE DA ANTICOAGULAÇÃO ORAL EM AMBULATÓRIO ESPECIALIZADO DE HOSPITAL TERCIÁRIO: UM ESTUDO PILOTO. Clin Biomed Res [Internet]. 7º de fevereiro de 2020 [citado 16º de abril de 2024];26(1). Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/hcpa/article/view/100354

Edição

Seção

Artigos Originais

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