AVALIAÇÃO DE SÍNDROME CORONARIANA AGUDA EM SERVIÇO DE EMERGÊNCIA

Autores

  • Carísi Anne Polanczyk Serviço de Cardiologia, Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Porto Alegre, RS, Brasil. Programa de Pós-Graduação em Cardiologia e Epidemiologia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Porto Alegre, RS, Brasil.

Palavras-chave:

Dor torácica, infarto agudo do miocárdio, angina instável, troponinas, mioglobina, teste de esforço, custo-efetividade

Resumo

Dor torácica é um motivo freqüente de procura aos serviços de emergências, sendo responsável por 5-7% do atendimento nestes setores. Muito interesse tem sido focado na identificação de síndrome coronariana aguda nestes pacientes, entre eles infarto agudo do miocárdio e angina instável. Além da história clínica, do exame físico e do eletrocardiograma, os marcadores séricos de lesão miocárdica têm um papel importante em estabelecer o diagnóstico
etiológico da dor e também auxiliar no encaminhamento para unidades com monitorização intensiva. As troponinas e as mioglobinas têm sido estudadas como novos marcadores séricos de lesão miocárdica. As troponinas são marcadores novos, que trouxeram um novo paradigma à avaliação de risco em síndrome coronariana aguda. Os dados levantados apontam que as mesmas apresentam uma acurácia muito boa para detecção de infarto e, de forma mais
importante, identificam pacientes com pior prognóstico a curto e médio prazo. Apesar das informações sólidas na área, não existe consenso da melhor estratégia a ser seguida para utilização destes marcadores. Troponinas têm sido preconizadas para todos os casos com suspeita de síndrome coronariana aguda, sendo que esta alternativa permite identificar um maior número de casos de infarto agudo do miocárdio, de acordo com classificação contemporânea. Se, por um lado, o custo do exame é um ônus para o sistema, do ponto de vista
do hospital, a remuneração pelo novo diagnóstico compensa, além de sugerir maior eficiência no manejo dos casos de alto risco. Por outro lado, pacientes de baixo risco, sem alterações isquêmicas no eletrocardiograma e com marcadores séricos normais, podem se beneficiar de teste ergométrico precocemente. Se negativo, o mesmo tem um elevado valor preditivo negativo para eventos cardíacos até 6 meses da visita à emergência. A longo prazo, todos estes casos
buscam atendimento médico com freqüência e precisam ser revistos em nível ambulatorial para assegurar um atendimento adequado. 
Unitermos: Dor torácica, infarto agudo do miocárdio, angina instável, troponinas, mioglobina, teste de esforço, custo-efetividade.

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Publicado

2020-03-05

Como Citar

1.
Polanczyk CA. AVALIAÇÃO DE SÍNDROME CORONARIANA AGUDA EM SERVIÇO DE EMERGÊNCIA. Clin Biomed Res [Internet]. 5º de março de 2020 [citado 28º de março de 2024];25(3). Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/hcpa/article/view/100374

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