Tuberculose infantil: estudo retrospectivo

Autores

  • Boaventura Antonio dos Santos Hospital de Clínicas de Porto Alegre
  • Milene Moehlecke Hospital de Clínicas de Porto Alegre
  • Iana Pires do Amaral Hospital de Clínicas de Porto Alegre
  • Ricardo Holderbaum do Amaral Hospital de Clínicas de Porto Alegre
  • Isabella Scattolin Hospital de Clínicas de Porto Alegre
  • Tani Ranieri Hospital de Clínicas de Porto Alegre
  • Bárbara Marina Simionato Hospital de Clínicas de Porto Alegre
  • Tatiana Aline Berger Hospital de Clínicas de Porto Alegre

Palavras-chave:

Tuberculose infantil, perfil epidemiológico

Resumo

Introdução: A tuberculose (TB) infantil permanece como uma das doenças mais prevalentes e preocupantes no mundo, sobretudo em nações em desenvolvimento, onde as taxas são ainda mais elevadas e os casos descritos subestimados pela dificuldade em se estabelecer um diagnóstico definitivo. Dessa forma, este estudo tem como objetivo descrever o perfil clínico e epidemiológico dos pacientes com TB infantil pulmonar e extrapulmonar.

Métodos: Foram avaliados retrospectivamente, através de questionário, pacientes com idade de até 15 anos, internados no Serviço de Pediatria do HCPA, no período de janeiro de 2002 a setembro de 2007.  

Resultados: Dos 52 pacientes incluídos, 63% apresentavam TB pulmonar. Das formas extra-pulmonares, a meningoencefalite foi a mais prevalente (22%). Comorbidades foram dectadas em 31 (60%) pacientes, dos quais 15 (29%) apresentavam desnutrição grave, 9 (18%) HIV positivo e 7 (13%) pneumopatia crônica. Das manifestações clínicas, febre e tosse estavam presentes na maioria dos pacientes. O padrão radiológico predominante foi o de consolidação pulmonar (51%). A maioria dos pacientes referia história de contato com paciente bacilífero (64%).

Conclusão: A TB pulmonar representa a principal forma de apresentação clínica da TB, sendo o diagnóstico feito de forma presuntiva na maioria dos casos. O diagnóstico baseado na comprovação bacteriológica foi obtido numa minoria de pacientes, demonstrando a importância dos achados clínico-laboratoriais, história epidemiológica e vacinal para o diagnóstico. Nesse sentido, a criação de escores tem se tornado uma ferramenta de fácil acesso e com razoável acurácia para auxiliar o diagnóstico de TB em serviços de baixa complexidade, especialmente o ambulatorial.

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Biografia do Autor

Boaventura Antonio dos Santos, Hospital de Clínicas de Porto Alegre

Professor Associado do Departamento de Pediatria, Faculdade de Medicina (FAMED), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)                     

Milene Moehlecke, Hospital de Clínicas de Porto Alegre

Médica residente do Serviço de Endocrinologia do HCPA

Iana Pires do Amaral, Hospital de Clínicas de Porto Alegre

Acadêmico de Medicina, FAMED, UFRGS

Ricardo Holderbaum do Amaral, Hospital de Clínicas de Porto Alegre

Acadêmico de Medicina, FAMED, UFRGS

Isabella Scattolin, Hospital de Clínicas de Porto Alegre

Médica pneumologista do Setor de Pneumologia Pediátrica do HCPA

Tani Ranieri, Hospital de Clínicas de Porto Alegre

Enfermeira Epidemiologista, NUCLIVAC/HCPA

Bárbara Marina Simionato, Hospital de Clínicas de Porto Alegre

Acadêmica de Medicina, FAMED, UFRGS

Tatiana Aline Berger, Hospital de Clínicas de Porto Alegre

Médica residente do Serviço de Medicina Interna do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), FAMED, UFRGS

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Publicado

2011-10-27

Como Citar

1.
dos Santos BA, Moehlecke M, do Amaral IP, do Amaral RH, Scattolin I, Ranieri T, Simionato BM, Berger TA. Tuberculose infantil: estudo retrospectivo. Clin Biomed Res [Internet]. 27º de outubro de 2011 [citado 28º de março de 2024];31(3). Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/hcpa/article/view/19682

Edição

Seção

Artigos Originais

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