Metformina e Diabetes Melito Tipo 2: Passado, Presente e Farmacogética
Palavras-chave:
Diabetes mellitus tipo 2, Metformina, GenesResumo
O diabetes mellitus tipo 2 (DM2) é uma desordem heterogênea caracterizada por resistência à insulina e diminuição progressiva de sua secreção, o que resulta em hiperglicemia. Inevitavelmente, pacientes com DM2 necessitam controlar seus níveis glicêmicos com mudanças no estilo de vida e terapia farmacológica. Entre os fármacos mais prescritos para o tratamento do DM2, encontra-se a metformina, um anti-hiperglicemiante oral pertencente à classe das biguanidas. A resposta terapêutica a este fármaco apresenta uma considerável variação interindividual e depende da atuação de produtos protéicos de vários genes. Por este motivo, a farmacogenética tem emergido como uma ciência capaz de explicar porque há tanta variabilidade na resposta farmacológica, como aquela relacionada à terapia com metformina. Alguns genes candidatos a predizerem a resposta a esse fármaco já tiveram variantes avaliadas. Entre eles, os genes SLC22A1, SLC22A2 e SLC47A1, que codificam os transportadores de cátions orgânicos responsáveis pela entrada e saída da metformina no fígado e rins. Além destes, outros genes, como os que codificam as subunidades da proteína quinase ativada por adenosina monofosfato (AMPK) tem emergido com importantes candidatos a predizerem a resposta à metformina. De qualquer forma, a farmacogenética desta droga está dando seus primeiros passos e serão necessários mais estudos, em diferentes populações, para elucidar outros fatores genéticos que estão envolvidos na sua resposta. Além disso, modelos poligênicos capazes de avaliar a eficácia da metformina em pacientes individuais devem ser criados.
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