Modulação Dietética da Atividade da Paraoxonase: Revisão de Estudos em Humanos
Palavras-chave:
Paraoxonase, Dietética, Estresse oxidativoResumo
As doenças cardiovasculares são responsáveis por mais de 1/3 das mortes no Brasil sendo as lesões vasculares, que acompanham essas doenças, associadas intrinsecamente ao processo inflamatório endotelial. Recentes trabalhos têm mostrado que a paraoxonase (PON), devido a sua ligação ao perfil lipídico e seu efeito protetor através do potencial antioxidante da lipoproteína de alta densidade (HDL), estaria diretamente ligada à redução de fatores de disfunção endotelial protegendo contra a oxidação de lipoproteínas de baixa densidade (LDL). Alterações na atividade da PON têm sido relatadas conforme alterações alimentares o que levanta a hipótese de uma possível modulação dietética dessa enzima. Assim, se propôs esta revisão da literatura buscando elucidar os mecanismos pelos quais a dieta poderia modular a PON, com a finalidade de ampliar conhecimentos dirigidos ao tratamento e prevenção das doenças cardiovasculares por meio de terapêutica dietética. Foram encontrados 123 artigos e selecionados 28 estudos que relacionam a PON à dieta, em humanos. Embasado em todos os estudos descritos, acredita-se que a atividade da paraoxonase é modificada através de fatores dietéticos, especialmente o consumo de ácidos graxos, sendo os poliinsaturados e os monoinsaturados os maiores responsáveis pelo aumento da atividade enzimática. Porém, os mecanismos pelos quais ocorre essa modulação, a quantidade diária de consumo para surtir um efeito preventivo na aterosclerose e os motivos pelos quais alguns estudos não encontram tal efeito ainda são desconhecidos.
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