Políticas públicas e estratégias de fomento para as artes indígenas: o modelo australiano

Autores

  • Ilana Seltzer Goldstein Universidade Federal de São Paulo — Unifesp, São Paulo/SP

DOI:

https://doi.org/10.22456/2357-9854.94294

Palavras-chave:

Arte indígena. Políticas públicas. Austrália. Arte e política.

Resumo

O presente texto aborda as estratégias de fomento às artes indígenas desenvolvidas na Austrália, que incluem premiações, um código de conduta comercial, apoio do governo federal às cooperativas indígenas, entre outras medidas. O caso australiano é único no mundo, em termos do grau de institucionalização, visibilidade e valorização que os artistas aborígenes atingiram. Nesse sentido, oferece um contraste interessante para se refletir sobre o contexto latino-americano. Também suscita questões de cunho ético e político, em se tratando de um país com passado colonial tão violento. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Ilana Seltzer Goldstein, Universidade Federal de São Paulo — Unifesp, São Paulo/SP

Professora do Departamento de História da Arte e membro do Programa de Pós-Graduação em História da Arte na Universidade Federal de São Paulo - Unifesp. Doutora em Antropologia Social pela Universidade Estadual de Campinas. Mestre em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo. Integrante do grupo do CNPq Todas as Artes | Todos os Nomes: Pesquisas sobre Arte na Contemporaneidade.  Desde 2016, é co-coordenadora da Cátedra Kaapora, voltada à valorização de conhecimentos e formas expressivas tradicionais e não-hegemônicos. Paralelamente à trajetória acadêmica, elaborou, coordenou e avaliou projetos artístico-culturais junto a diversas organizações. Participou das curadorias das exposições Terra Paulista: História, Arte e Costumes (Sesc Pompeia, 2005); Jorge, amado, universal? (Museu da Língua Portuguesa e Museu de Arte Moderna da Bahia, 2012); Tempo dos Sonhos: a arte aborígene contemporânea da Austrália (Caixa Cultural, 2016, 2017 e 2018; Casa Fiat de Cultura, 2017).

Referências

ALTMAN, John. Brokering Aboriginal art: a critical perspective on marketing, institutions and the state. Melbourne: Deakin University/Melbourne Museum, 2005.

CARUANA, Wally. Aboriginal art. London: Thames; New York: Hudson, 2003.

CLARK, Deborah e JENKINS, Susan (Orgs.). Culture warriors: australian indigenous art triennial. Camberra: National Gallery of Australia, 2007.

DODSON, Mick; ALLEN, David; GOODWIN, Tim. The role of the Central Land Council in Aboriginal land dealings. Camberra: Australian Agency for International Development, 2008.

DUSSART, Françoise. The politics of ritual in an Aboriginal settlement: kinship, gender and the currency of knowledge. Washington D.C.: Smithsonian Institute Press, 2000.

EATOCK Cathy; MORDAUNT, Kim. Copyrites. Documentário. Australian Film Finance Corporation Limited, 1997. 53 minutos.

GOLDSTEIN, Ilana Seltzer. Do 'tempo dos sonhos' à galeria: arte aborígine australiana como espaço de diálogos e tensões interculturais. 2012. 344 p. Tese (doutorado) – Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Campinas, SP. Disponível em: <http://www.repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/281040>. Acesso em: 20 ago. 2018.

HEALY, Jacqueline. A fragile thing: marketing aboriginal art from remote areas. 2005. Tese (doutorado) – School of Art History, Cinema, Classics and Archeology, Universidade de Melbourne.

HEINICH, Nathalie. Le triple jeu de l’art contemporain. Paris: Éditions de Minuit, 1998.

JANKE, Terri; QUIGGIN, Robynne. Indigenous cultural and intellectual property and customary law. Aboriginal Customary Laws. Background Paper 12. Darwin: Northern Territory Law Reform Committee, 2003.

JOHNSON, Vivien. Papunya painting out of the desert. Camberra: National Museum of Australia Press, 2006.

KLEINERT, Sylvia & NEALE, Margo (eds). The Oxford Companion to Aboriginal Art and Culture. Melbourne: Oxford University Press, 2000.

McCULLOCH, Susan; CHILDS, Emily. McCulloch´s contemporary Aboriginal Art: the complete guide. Melbourne: Australian Art Books, 2009.

MORPHY, Howard. Becoming art: exploring cross cultural categories. Sydney, University od South Austrália Press, 2008.

MUNDINE, Djon. White Face/Black Mask. Artlink, v. 25, n. 3, 2005.

MUNDINE, Djon. The Aboriginal Memorial: we have survived. In: LEARY, Karen (Org.). World of dreaming: traditional and modern art of Australia [catálogo]. Camberra: National Gallery of Australia; São Petersburgo: State Hermitage Museum, 2000.

MYERS, Fred. Painting culture: the making of an aboriginal high art. Durham: Duke University Press, 2002.

SCHMIDT, Chrischona. Beyond suffering: the significance of productive activity for Aboriginal Australians. Honour Thesis apresentada ao Departmento de Antropologia da Universidade de Sydney, 2005.

WRIGHT, Felicity. The Art & Craft Centre Story, Volume One. A survey of thirty-nine Aboriginal community art and craft centres in remote Australia. Woden, Desart Inc., Aboriginal & Torres Strait Islander Commission, 1999.

WRIGHT, Felicity. The Art & Craft Centre Story, Volume Three. Good Stories from out bush: examples of best practice from Aboriginal art and craft centres in remote Australia. Woden, Aboriginal & Torres Strait Islander Commission, 2000.

Downloads

Publicado

2019-07-05

Como Citar

GOLDSTEIN, I. S. Políticas públicas e estratégias de fomento para as artes indígenas: o modelo australiano. Revista GEARTE, [S. l.], v. 6, n. 2, 2019. DOI: 10.22456/2357-9854.94294. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/gearte/article/view/94294. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

Ensino/Aprendizagem das Artes na América Latina: colonialismo e questões de gênero