DECOLONIALIDADE, QUESTÃO AGRÁRIA E NEOEXTRATIVISMO MINERAL: O TEATRO DA HYDRO-ALUNORTE NA AMAZÔNIA PARAENSE
Resumo
Os sujeitos do grande capital em articulação com Estado brasileiro elegeram a Amazônia como uma grande “fronteira de acumulação”. Desde a década de 1960, vemos o processo de ocupação da região se intensificar e, com ele, os conflitos, em várias dimensões. Nesse sentido, este escrito propõe-se a abordar e a buscar reflexões acerca dos impactos socioambientais causados pela mineradora Hydro-Alunorte, sobre o rompimento de barragens de rejeitos, referindo-se a SDR1 e a SDR2, da empresa norueguesa, no município de Barcarena, no Estado do Pará, no dia 17/02/2018. Aqui, a mineração será analisada pelo prisma da questão agrária, pois, penso que é fundamental para termos a dimensão do impacto no município, em especial, às comunidades de povos tradicionais que ali residem e que foram afetadas pelo crime ambiental. Assim, a lógica do vetor da mineração, como mais uma frente econômica neoextrativista, e da questão agrária que lhe é subjacente. Metodologicamente, parto de revisão bibliográfica, revisão documental, trabalhos de campo no município, mais precisamente em 4 das 13 comunidades afetadas, registro de memória, entrevistas, conversações informais, e registro imagético – em foto e audiovisual – para capturar não apenas as falas, mas o gestual, a forma de se expressar e a singularidade da vida.Downloads
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