Professores de Educação Física e a realidade da corpolatria na contemporaneidade

Autores

  • Clarissa Barros de Castro Mestra em Biociências e Reabilitação (PPGBR/Centro Universitário Metodista – IPA); Graduada em Educação Física (UFRGS).
  • Edgar Zanini Timm Professor no Programa de Pós-Graduação em Biociências e Reabilitação (IPA); Graduado em Educação Física (UFPel) e em Filosofia (PUCRS), Mestre e Doutor em Educação (PUCRS).

Resumo

Atualmente, se nota uma busca desenfreada por um corpo que reproduza padrões estéticos ditados pela sociedade pós-moderna. Com o constante crescimento de clubes e academias, esse fenômeno se tornou mais evidente, apresentando uma geração de pessoas excessivamente preocupadas em apresentar um corpo belo que possa ser admirado. O termo corpolatria é utilizado para designar essa busca por um padrão corporal esteticamente dominante. O que se percebe, principalmente nas academias, são esforços demasiados; frustrações constantes e ações, por vezes, invasivas nessa tentativa de conquistar um corpo que é imposto pela sociedade, por influência da mídia, por força do meio cultural e, também, por questões pessoais, emocionais e sociológicas. Esse trabalho investigou como o processo da corpolatria vem se apresentando na contemporaneidade e como os profissionais da educação física estão lidando com esse fenômeno. A pesquisa teve por objetivo geral compreender como professores de Educação Física trabalham as situações em que evidenciam sinais dessa prática. Para tanto, situada na perspectiva das pesquisas de natureza qualitativa, se trabalhou com entrevistas semiestruturadas com professores de academias para coletar os dados e submetê-los à análise e construção de texto na perspectiva das ideias propostas por Bardin (2011). Essa pesquisa fundamentou-se na necessidade de reflexão sobre a temática da corpolatria, ouvindo professores que lidam diretamente com esse fenômeno e propondo indicativos que possam ajudar outros profissionais no seu desempenho. Entre os resultados se identificou que esse fenômeno é uma preocupação percebida pelos profissionais, tendo a mídia forte influência a esse respeito. O método adotado para lidar com ele tem sido por meio de conversas, contudo há a percepção de que a formação curricular não dá subsídios suficientes para lidar com um ser que vai além do biológico, indicando uma necessidade de reflexão acerca do tema durante o processo de formação desses profissionais.

Palavras-chave: Corpolatria; Corpo; Estética; Academia; Professor de educação física.

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Biografia do Autor

Clarissa Barros de Castro, Mestra em Biociências e Reabilitação (PPGBR/Centro Universitário Metodista – IPA); Graduada em Educação Física (UFRGS).

Mestra em Biociências e Reabilitação (PPGBR/Centro Universitário Metodista – IPA); Graduada em Educação Física (UFRGS).

Edgar Zanini Timm, Professor no Programa de Pós-Graduação em Biociências e Reabilitação (IPA); Graduado em Educação Física (UFPel) e em Filosofia (PUCRS), Mestre e Doutor em Educação (PUCRS).

Professor no Programa de Pós-Graduação em Biociências e Reabilitação (IPA); Graduado em Educação Física (UFPel) e em Filosofia (PUCRS), Mestre e Doutor em Educação (PUCRS).

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Publicado

21-12-2020

Como Citar

CASTRO, C. B. de; TIMM, E. Z. Professores de Educação Física e a realidade da corpolatria na contemporaneidade. Revista Contraponto, [S. l.], v. 7, n. 3, 2020. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/contraponto/article/view/109012. Acesso em: 29 mar. 2024.