Resenha: Wendelin Schmidt-Dengler. Bruchlinien – Vorlesungen zur österreichischen Literatur 1945 bis 1990. St. Pölten, Salzburg: Residenz, 2010 (559 p.)
recebido em 23/07/2010 e aceito em 03/09/2010
Existe uma literatura austríaca? Essa questão foi levantada já no século XVIII e, desde então, tem sido discutida com ímpeto variável e a partir de perspectivas teóricas diversas. Numa tentativa de abordar esse tema sem viés essencialista ou nacionalista nos termos teóricos do século XIX, Walter Weiss polemiza ao resumir o que teria sido uma máxima influente desde Herder e os irmãos Grimm até a germanística de hoje: “Literatura em língua alemã é literatura alemã. Todas as especificidades devem, portanto, ser desprezadas”:[1] Na sua extensa história da literatura austríaca, Österreichische Literatur seit 1945, Klaus Zeyringer alega que, enquanto outras literaturas – como a argelina, a portuguesa, a brasileira ou a própria alemã, por exemplo – não estariam confrontadas com a questão da legitimidade de sua existência, a austríaca se encontraria, há décadas, na incômoda posição de ter de se indagar se o seu objeto de interesse realmente existe.[2]
A necessidade de justificar a própria existência de seu objeto de pesquisa sobressai também na história da literatura austríaca de autoria de Wendelin Schmidt-Dengler, esgotada há anos e relançada no início deste ano: Bruchlinien – Vorlesungen zur österreichischen Literatur 1945 bis 1990 (Linhas de ruptura – leituras sobre literatura austríaca 1945 até 1990). Para Schmidt-Dengler, a particularidade da literatura austríaca não pode nem deve ser discutida no contexto da poética ou da teoria literária (p. 357); só pode ser tratada em relação aos desdobramentos políticos, históricos e sociais peculiares da Áustria, nunca através de algum suposto “caráter” ou alguma “essência” intrínseca aos textos literários (p. 16; 334). Sua argumentação está longe, portanto, de abordagens como a de Joseph P. Strelka[3] que procura pela “essência do austríaco na literatura” (Das Wesen des Österreichischen in der Literatur). Em vários momentos, Schmidt-Dengler se distancia também das perspectivas influentes de Ulrich Greiner[4] e Claudio Magris[5] , já que suas interpretações da literatura austríaca representariam generalizações que focalizam as continuidades dos desenvolvimentos literários, sem dar suficiente atenção às suas descontinuidades e rupturas (p. 374). Referindo-se às posições de Greiner e Magris e, implicitamente, ao imaginário da Áustria como a “ilha dos felizes” (Insel der Seligen), o autor enfatiza que a “estetização retrógrada, o isolamento num mundo sem conflitos ou a procura da ordem” seriam pouco úteis como “fórmulas generalizadas e válidas para descrever a literatura austríaca” (p. 537). Assim, Schmidt-Dengler não procura um denominador comum da literatura do seu país, mas sim fazer jus à “pluralidade dos fenômenos” (p. 537). Embora localize, em alguns momentos, “constantes locais” – por exemplo, o papel central de reflexões sobre a língua (p. 358) e sobre o conceito de Heimat (pátria) (p. 401), o papel da música na produção literária dos anos 80 (p. 451) ou o “radicalismo” (p. 536) de muitas obras literárias em termos estéticos – Schmidt-Dengler considera uma “vantagem” não ter que produzir “sucessões”, mas poder tratar da “simultaneidade do não simultâneo” (Gleichzeitigkeit des Ungleichzeitigen) (p. 150).
Assim como Zeyringer na sua obra de referência acima mencionada, Schmidt-Dengler mantém-se longe de procurar por uma suposta continuidade na literatura austríaca desde suas “origens” até a atualidade; ao mesmo tempo, critica a prática comum na germanística atual de não levar em conta, na medida necessária, as peculiaridades do contexto histórico e social no qual foram produzidas as obras de autores austríacos, pois, “por mais que a obra literária siga suas próprias normas, ela tem de ser relacionada, numa medida a ser definida para cada caso, aos desdobramentos históricos” (p. 17). Nesse sentido, o autor lamenta também que, “no que diz respeito à literatura austríaca em histórias de literatura alemãs (nas editoras Hanser, Rowohlt, Reclam, UTB), sinto falta, não raramente, da sensibilidade justa que existia em relação à RDA[6] (p. 18).
Schmidt-Dengler, o “papa da literatura austríaca”, faleceu há menos de três anos, com apenas 66 anos. Era professor de germanística da Universidade de Viena, renomado cientista e crítico literário, em constante procura de um diálogo entre academia, literatura e sociedade. Por um lado, Schmidt-Dengler era defensor de uma hermenêutica “sólida” na tradição da filologia clássica e crítico de uma hermenêutica “confortável” e “difusa” que jogaria com termos vagos como “Befindlichkeit” e “Existenznotwendigkeit” (p. 307; 308). Por outro, era aberto, mesmo que com ressalvas, a perspectivas sociológicas, psicanalíticas e pós-coloniais. Schmidt-Dengler foi, durante décadas, a figura central da germanística austríaca, tanto no meio acadêmico quanto no contexto da crítica literária (recebeu o Österreichischer Staatspreis für Literaturkritik, em 1994). Na função de diretor do Österreichisches Literaturarchiv, garantiu para a entidade a aquisição de importantes espólios literários (de Ödön von Horvath, Ernst Jandl e Hans Carl Artmann, por exemplo) e de toda produção bibliográfica editada por Peter Handke até os dias de hoje. Em reação à sua morte, Elfriede Jelinek sintetiza a importância do seu amigo:
"No que diz respeito ao trabalho com a literatura austríaca, demorará muito até a gente ter novamente uma personalidade de tal grandeza. Praticamente sozinho, ele tornou a Universidade de Viena uma instituição de renome e importância internacional. E não apenas por apreciar autoras e autores famosos, os quais constantemente analisou e aproximou dos seus estudantes, mas também em razão do seu entusiasmo pelas margens da literatura, pelos outsiders que, no fundo, constituem os mais importantes em toda literatura, em toda arte: Marianne Fritz, Werner Kofler, Herbert Wimmer e outros"[7]
Em 1995, Schmidt-Dengler publicou, pela primeira vez, uma coletânea dos manuscritos que usou como base nas suas aulas (Vorlesungen) sobre literatura austríaca após 1945 na Universidade de Viena, sob o título de Bruchlinien (linhas de ruptura) – termo com o qual sintetizou o que mais lhe interessava: as diferenças, as rupturas, a rejeição à continuidade de tradições, as contradições nas obras e em sua recepção e o novo que cada obra literária traz (p. 11). A nova edição inclui a primeira parte dessa obra de referência. O texto da edição de 1995 foi mantido, apenas algumas datas foram atualizadas e/ou corrigidas. Assim, é preciso lembrar que a última atualização feita pelo autor foi em 1995, portanto, não se pode esperar que esse texto apresente discussões e reflexões em diálogo com a crítica atual. O fato de ter sido republicado na sua forma original é sinal, porém, que mesmo nos tempos acelerados de hoje, há pensamentos e argumentos que não perdem sua validade em poucas semanas.
Schmidt-Dengler era conhecido pelo seu jeito envolvente e apaixonado de falar e dar aula sobre literatura. Como aponta Karl Wagner, “sua escrita é, sobretudo, oralidade escrita – e, portanto, uma boa precaução contra o afetado, o incompreensível e a atitude acadêmica de impressionar com sua fraseologia e seu concreto linguístico”.[8] Isso vale também para Bruchlinien. Trata-se de manuscritos para suas legendárias Vorlesungen – ou seja, leituras universitárias públicas –, textos perto da oralidade, repletos de alusões intertextuais e irônicas em relação às obras discutidas. Desse modo, não se trata (apenas) de uma obra para consulta ou para especialistas em literatura austríaca, mas de uma prova da possibilidade de falar de maneira clara, simples, envolvente sobre a literatura nas suas múltiplas facetas. O próprio Schmidt-Dengler destaca que “o que pode ser lido aqui foi pensado para o cotidiano do ensino, pensado como base de discussão e informação, sobretudo, para aqueles que, mais tarde, trabalharão como professores nas escolas” (p. 9). Portanto, Bruchlinien se diferencia, embora não em termos de relevância, claramente de outra obra recente de referência que aborda a literatura austríaca da mesma época, a já mencionada Österreichische Literatur seit 1945 – Überblicke, Einschnitte, Wegmarken, de Klaus Zeyringer[9] – escrita em linguagem mais densa, científica, uma leitura destinada a peritos no assunto. Aludindo à maneira apaixonante de Schmidt-Dengler falar sobre literatura, Lothar Müller disse no seu necrológio na Süddeutsche Zeitung: “Não seria maravilhoso ter esse homem como companhia numa viagem de trem através da Áustria?”[10]
Schmidt-Dengler procura fazer jus à complexidade da literatura – o que o leva a rejeitar modelos explicativos simples e limites exatos entre gêneros literários e modelos teóricos. Assim, por exemplo, põe em questão “o modelo explicativo simples” de “anciens et modernes” (p. 241) com o qual a crítica tem tratado a literatura austríaca dos anos 60: “aqui, os restauradores (Doderer, Hochwälder, Henz) e ali, a vanguarda, o Wiener Gruppe, Jandl, Okopenko e os outros” (p. 159). Apontando relações intertextuais entre representantes de vertentes literárias tradicionalmente vistas como antagônicas – Heimito von Doderer, por um lado, e Thomas Bernhard e Peter Handke, por outro – Schmidt-Dengler coloca em questão o suposto abismo entre esses escritores, tanto no sentido estético, quanto no ideológico (p. 158 - 206). Esse movimento argumentativo perpassa o livro inteiro: onde os outros veem continuidade, Schmidt-Dengler aponta as fraturas; onde foram construídas diferenciações claras e definitivas, ele destaca pontos de contato e de diálogo intertextual. Isso ocorre também quando aponta para a pluralidade de possíveis interpretações da obra de Thomas Bernhard (p. 303) –– ao lado de Doderer, aliás, o escritor mais estudado e apreciado por Schmidt-Dengler. Definições inequívocas, para ele não estão em primeiro plano. Assim, na hora de estabelecer definições provisórias e incertas, a argumentação de Schmidt-Dengler remete às vezes à imagem da Áustria como “um país do Entweder-und-oder” (ou-e-ou), como foi definida por Robert Menasse.[11]
Uma reflexão que acompanha toda a abordagem cronológica da produção literária da “curiosa república dos Alpes” (p. 19) em Bruchlinien é sobre o papel da literatura e da filologia e a relação entre os dois campos. No início do segundo capítulo, Schmidt-Dengler sintetiza:
Aquilo que torna obras literárias tão importantes, tão interessantes e, ao mesmo tempo, tão merecedoras de serem discutidas não pode ocorrer numa listagem cronológica. Seria a morte da literatura – embora o início da ciência. Está claro para mim que existe um antagonismo insuperável entre a pretensão da ciência de fornecer um sistema que abrange tudo e torna tudo compreensível e a função da literatura que consegue superar todas as pretensões de tal sistema. Porém, não podemos prescindir de fazer algo contra esse caos que a literatura implica, embora esteja consciente de que o filólogo sempre perderá em relação à literatura. E isso é bom assim. Mas ele [...] pode criar o espaço para, nos limites das possíveis instituições, discutir a literatura. Nessa possibilidade, eu vejo a chance da filologia e, ao mesmo tempo, sua necessidade. (p. 215)
Essa reflexão sobre a abordagem acadêmica de literatura está vinculada a questionamentos acerca da metodologia empregada. O autor decide-se, nos capítulos dois e três, pelo método estritamente cronológico (“annalistischen Verfahren”,um livro marcante por ano), deixando ao mesmo tempo claro que esse, assim como qualquer outro método, mostra-se “problemático”, no sentido de deixar de fora muitos nomes, de ser apenas provisório e susceptível de uma eventual revisão posterior.
Bruchlinien é dividido em três capítulos que correspondem aos períodos tratados nas Vorlesungen. O primeiro capítulo aborda a produção literária austríaca entre 1945 e 1966 e dá destaque especial aos desdobramentos políticos da Áustria pós-guerra, estreitamente vinculados à formação de uma identidade austríaca e aos caminhos, aos temas e às escolhas formais da produção literária daqueles anos. Não encontramos, ao longo do livro, listagens dos livros produzidos num determinado período; em vez de procurar a ilusão da completude, o autor escolheu se aprofundar em poucas obras representativas – sem deixar de ressaltar que o quadro apresentado por ele como representativo poderá ser “retocado, em cores fortes, por uma nova geração” (p. 368). Assim, no primeiro capítulo, além de destacar o papel das revistas literárias (Der Plan, Stimmen der Gegenwart, Wort in der Zeit, manuskripte) na vida cultural pós-guerra, versa sobre autores como Fritz Hochwälder (Das heilige Experiment, 1941/42), Ilse Aichinger(Die größere Hoffnung, 1948), Heimito von Doderer (Die Strudelhofstieg, 1951), Ingeborg Bachmann (Das dreißigste Jahr, 1961), die Wiener Gruppe, Thomas Bernhard (Frost, 1963), Peter Handke (Die Hornissen, 1966) e a associação de autores Forum Stadtpark,, para citar apenas alguns nomes de autores e grupos.
O segundo capítulo, que abrange a década de 1970 até 1980, inicia-se com uma reflexão sobre as diferenças entre a situação política da República Federal da Alemanha depois de 1968 e a situação política austríaca da mesma época, sempre com vista às relações entre literatura, política e sociedade. Schmidt-Dengler destaca que, enquanto a Alemanha era marcada por uma forte politização da literatura, sob seu porta-voz Hans Magnus Enzensberger, na Áustria, a literatura nunca foi o centro de atenção da sociedade. Até mesmo autores de orientação política de esquerda costumavam manter uma clara distância em relação aos acontecimentos políticos diários (p. 337), de modo que “em vez de uma revolução no âmbito político [como na Alemanha], [houve] uma revolução estética” (p. 220). Muitas obras dessa época constituem, de acordo com Schmidt-Dengler, uma reflexão sobre a prática da literatura (e não uma reflexão sobre a função social da literatura) (p. 221) – argumentação que o autor procura corroborar com a discussão de alguns livros representativos produzidos e publicados na referida época: Ingeborg Bachmann (Malina, 1971), Peter Handke (Wunschloses Unglück, 1972), Elias Canetti (Die gerettete Zunge, 1977), Josef Winkler[12] (Menschenkind, 1979), entre outros.
Ainda no segundo capítulo, Schmidt-Dengler dedica um item à “identidade austríaca dos escritores austríacos”, já que foi nos anos 70 que, junto à consolidação da independência política do país, o tema da identidade tornou-se recorrente e popular também em obras literárias da época. Em alguns casos – dos quais Schmidt-Dengler destaca Die groβe Hitze, de Jörg Mauthe (1974) – essas discussões foram feitas com base numa “consciência histórica não refletida” (p. 329), de maneira superficial e revelando uma “sensação de superioridade, quase imperialista” (p. 329). Além de apresentar fortes críticas no que diz respeito a tal banalização da identidade austríaca, Schmidt-Dengler se posiciona nesse contexto, mais uma vez, contra o “cultivo da continuidade” (p. 331) – empregado, por exemplo, por Ulrich Greiner em Der Tod des Nachsommers[13] –, isto é, contra a defesa de alguma continuidade ininterrupta na literatura austríaca, desde suas supostas origens até os dias de hoje, como se houvesse um “prolongamento do mito habsburgiano” (p. 331). Mais uma vez, o autor ressalta que “a literatura austríaca na sua peculiaridade só pode ser entendida em relação aos desdobramentos políticos e sociais singulares” e se posiciona contra qualquer tipo de construção de um suposto “caráter” que poderia “se revelar, de antemão, como explicitamente austríaco” (p. 334).
Assim como no segundo capítulo, no terceiro e último (1980 até 1990), Schmidt-Dengler escolheu, para cada ano da década, um livro a ser discutido com mais profundidade. Além do critério da disponibilidade no mercado de livros de bolso (relevante para o público alvo formado por estudantes), o germanista explica que procurou, com base nos títulos escolhidos, demonstrar diferentes procedimentos literários: desde a formalidade rigorosa num drama de Ernst Jandl (Aus der Fremde,) (1979), da acentuação radical do corporal, por Josef Winkler (Muttersprache, 1982), até os aspectos inovadores do drama Ritter, Dene, Voss, de Thomas Bernhard (1984), onde o autor consegue “alcançar, com um nada de ação, um máximo de efeito” (371). Na sua leitura do romance Die letzte Welt, de Christoph Ransmayer (1988), Schmidt-Dengler opõe-se à interpretação recorrente dessa obra no sentido de um “livro pós-moderno de sucesso” (p. 372), definindo-a como uma “reflexão sobre modelos e possibilidades da narração” (p. 372). Hotel Mordschein, de autoria de Werner Kofler (1989), é escolhido pelo fato de ser “o que mais sobressai entre os exemplos de uma literatura que versa sobre o passado austríaco – [um tema] especialmente relevante depois de 1986[14]”. E, ao tratar de título Die Klavierspielerin, de Elfriede Jelinek (1983), Schmidt-Dengler se distancia mais uma vez da interpretação encalhada do senso comum, na sua forma do “julgamento trivial” de que o livro apresentaria “o negativo, apenas o negativo” (p. 443). Para o estudioso, a obra de Jelinek estaria localizada na tradição da “estética do feio” e seria um ajuste concreto com o mito da Áustria como “ilha dos felizes”, que mereceria sua “beatificação, sobretudo, por causa do seu comportamento impecável nos anos 50” (p. 444).
Como deixam entrever os poucos exemplos de interpretação de Schmidt-Dengler aqui citados, para esse germanista, a literatura não se reduz ao seu papel dentro de um determinado contexto histórico, mas está em constante diálogo com ele. Assim, ao terminarmos a leitura de Bruchlinien, fica a impressão de que fizemos não apenas uma viagem fascinante pela literatura, mas também por momentos cruciais da história e da política da pequena Áustria – e que esta não se reduz a um simples apêndice do seu vizinho do norte. Resumindo, com Bruchlinien, Schmidt-Dengler nos legou um panorama abrangente, informativo e de leitura extremamente agradável da produção literária daquele país entre os anos 1945 e 1990.
[1] WEISS, Walter. Ausblick auf eine Geschichte österreichischer Literatur. In: Schmidt-Dengler, Wendelin; et al. Literaturgeschichte: Österreich: Prolegomena und Fallstudien. Berlin: Erich Schmidt: 1995, p. 22.
[2] ZEYRINGER, Klaus. Österreichische Literatur seit 1945: Überblicke, Einschnitte, Wegmarken. Innsbruck: Studienverlag, 2008, p. 23.
[3] STRELKA, Joseph P. Zwischen Wirklichkeit und Traum: Das Wesen des Österreichischen in der Literatur. Tübingen und Basel: Francke, 1994.
[4] GREINER, Ulrich. Der Tod des Nachsommers. Aufsätze, Porträts, Kritiken zur österreichischen Gegenwartsliteratur. München/Wien: Hanser, 1979.
[5] MAGRIS, Claudio. Der habsburgische Mythos in der modernen österreichischen Literatur. Tradução do italiano de Madeleine von Pasztory e Renate Lunzer. Wien: Zsolnay, 2000. (1. ed. 1963)
[6] República Democrática Alemã, isto é, a antiga Alemanha comunista.
[7] Der Standard, 8 de setembro de 2008.
[8] WAGNER, Karl. Rede auf Wendelin Schmidt-Dengler, in Wien, am 31. 10. 2008, In: RÖMER, Franz (Hg.). In Memoriam Wendelin Schmidt-Dengler. Fakultätsvorträge der Philologisch-Kulturwissenschaftlichen Fakultät der Universität Wien, Göttingen: V&R, 2008. p. 18.
[9] ZEYRINGER, 2008.
[10] Disponível em: < http://germanistik.univie.ac.at/nachrufe-und-erinnerungen-wendelin-schmidt-dengler-1942-2008/>. Acesso em 25 de maio de 2010.
[11] MENASSE, Robert. Das war Österreich – Gesammelte Essays zum Land ohne Eigenschaften.Frankfurt am Main: Suhrkamp, 2005, p. 36.
[12] Premiado com o Büchnerpreis em 2008.[13] GREINER, 1979.
[14] Ano da polêmica eleição de Kurt Waldheim, que era oficial da Wehrmacht alemã nos anos da Segunda Guerra Mundial, para a presidência da Áustria.