v. 11 n. 15 (2016): A carta testamento de Getúlio Vargas: vários olhares sobre um mesmo texto

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O documento conhecido como a Carta-Testamento de Getúlio Vargas constitui um dos mais importantes e conhecidos textos da história política do Brasil. Trata-se de uma carta datilografada, que foi encontrada na mesa de cabeceira do Presidente  e lida por telefone pelo então Ministro da Economia, Oswaldo Aranha, em transmissão nacional pelo rádio poucas horas após o suicídio do então presidente que, no dia 24 de agosto de 1954, encerrou sua vida com um tiro o peito. Foi novamente lida por ocasião do sepultamento.

A carta foi endereçada ao povo brasileiro e sua leitura causou muita comoção, teve grande repercussão no país à época e desencadeou inúmeras manifestações  populares que evitaram um golpe de estado que se preparava. Com efeito, Vargas sempre procurou fazer acompanhar suas ações de efeito político e, com essa carta, busca justificar seu ato contra a própria vida, atribuindo a seus opositores a responsabilidade. Na Carta, Getúlio informa que deu cabo à própria vida devido a pressões de grupos internacionais e nacionais contrários ao trabalhismo. É um documento composto de duas laudas datilografadas, cujo texto constitui um rico exemplar para ser estudado de várias perspectivas teóricas.

Publicado: 2016-06-28