v. 8 n. 9 (2013): Quando foi o pós-colonial? Diálogos, perspectivas e limiares nas literaturas luso-africanas

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Temos o prazer de trazer a público o número 9 da Revista Conexão, intitulada “Quando foi o pós-colonial? Diálogos, perspectivas e limiares nas literaturas luso-africanas”.

Através desta temática, propusemos a reflexão em torno de um dos temas mais polêmicos das literaturas de língua portuguesa hoje. Margarida Calafate Ribeiro (CALAFATE RIBEIRO, 2004, p. 1-3) diz que não há um pós-colonialismo, há pós-colonialismos. Hamilton evoca Russell Jacoby e Appiah para mostrar as diferenças relativas ao entendimento do pós-colonialismo: para uns refere-se a sociedades surgidas com a chegada dos colonizadores, para outros, ao período que se inicia com a independência. Para uns, o termo "colonial" refere-se apenas à América Latina, África e regiões da Ásia, para outros abrange também Canadá, Nova Zelândia e Austrália e EUA. Russel Hamilton esclarece que pós-colonial (assim, com hífen) refere-se a depois do período colonial, enquanto pós-colonial inclui elementos do colonialismo ou rejeita as instituições por ele impostas. Esta é uma das questões mais complexas em relação à situação africana. Se do ponto de vista temporal (histórico) reconhecer o pós-colonialismo é o maior respeito que se pode prestar àquelas nações, por outro, quando africanistas e africanos o negam , então, é preciso buscar suporte para a negação que vai além do econômico, não está vinculada unicamente à condição dos países no pós-independência, está na relação com o Ocidente e na visão de si próprio.  Assim, embora o conceito pós-colonial tenha se tornado uma palavra chave para afirmar nossa parte como sociedades multicultural e multirracial, sua importância é atualmente mais profunda.

Publicado: 2015-05-07

Apresentação