Perdido nas trevas do iluminismo: 'El siglo de las luces', de Alejo Carpentier, como literatura memorialística
DOI:
https://doi.org/10.22456/2594-8962.55514Resumo
Em 1962, Alejo Carpentier publica um romance que se diferencia consideravelmente da maioria das obras de ficção geralmente associadas à corrente da nueva novela latinoamericana: El siglo de las luces parece um romance histórico de cunho tradicional, bem distante da estética do real maravilhoso americano concebida por Carpentier poucos anos antes. O presente artigo propõe uma leitura alternativa do texto, baseando-se em categorias dos estudos memorialísticos. Desta maneira, revela a ambivalência do romance, que descarta os mitos fundadores da civilização europeia para substituí-los por mitos fundadores especificamente latino-americanos.