A reformulação de livros analisada desde um prisma discursivo: Identidades em jogo na relação entre versões
DOI:
https://doi.org/10.22456/2594-8962.55586Resumo
A Análise do Discurso (tal como desenvolvida especialmente por Pêcheux, Orlandi e Indursky) é base teórica para uma discussão sobre a reformulação de livros e o estatuto da chamada “edição revista”. Uma vez que nos interessam reconfigurações científicas internas (ou seja: aquelas que operam sobre saberes e posições ideológicas), tomamos a reformulação como um processo discursivo. Nosso propósito, no presente artigo, é observar o trabalho de autoria na materialidade linguístico-histórica de pares de edições (a edição “de partida” e a revista), a fim de examinar, de um lado, as relações entre o sujeito-autor e as duas versões de um livro seu, e, de outro lado, o estatuto discursivo da edição revista. Em linhas gerais, nossas principais questões norteadoras são: como pensar discursivamente a edição revista? Trata-se ainda do mesmo livro? Trata-se de um outro disfarçado sob o mesmo e antigo título? Tem ela uma identidade contraditória? Este artigo pretende responder a essas indagações.